Depois de várias tentativas, o fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, fechou ontem sua entrada no bloco de controle da Itaúsa, a empresa que controla o Itaú Unibanco, maior banco privado do país.
A Petros entrará no lugar do grupo Camargo Corrêa, que decidiu vender sua participação por cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 2,6 bilhões).
As negociações tiveram várias fases, idas e vindas. A dificuldade era chegar a um valor que remunerasse adequadamente a Camargo.
A Folha apurou que o grupo já pretendia vender sua participação na Itaúsa havia mais de um ano porque decidiu focar sua atuação no segmento de engenharia e construção, cimento, concessão de rodovias e energia. Contudo, queria ter ganhos sobre o investimento no passado.
Ainda segundo apurou a Folha, a Petros ficará com cerca de 11% do capital votante e 4% do capital total da Itaúsa. Com essa participação, o fundo terá direito a um assento no Conselho de Administração, que decide os destinos da companhia.
Para ser concretizado, o negócio terá de ser realizado em leilão na BM&FBovespa.
MAIS FORTE
A entrada da Petros na Itaúsa reforça a posição do fundo nas maiores empresas do país. Além da Petrobras, a instituição é acionista da Vale e da Oi, ocupando a segunda posição por ativos, que totalizam R$ 51 bilhões.
Esse valor não conta com o negócio fechado com a Camargo Corrêa pela participação na Itaúsa.
O conglomerado controla o Itaú Unibanco, a Itautec, a Duratex e a empresa química Elekeiroz. Entre janeiro e setembro, os ativos somaram R$ 694,8 bilhões e o lucro líquido foi de R$ 10,3 bilhões.