Bancários de Rondônia cobram valorização e respeito do Bradesco

Mobilização dos trabalhadores no centro de Porto Velho

Os bancários de Rondônia retardaram por duas horas a abertura da agência do Bradesco, localizada na avenida Sete de Setembro, no Centro de Porto Velho. Além da principal agência do Estado, a paralisação também atingiu os departamentos, como a sucursal do Bradesco Previdência, Bradesco Saúde e as agências do banco nos municípios de Ji-Paraná e Cacoal.

A mobilização faz parte de uma nova campanha nacional que exige valorização e respeito com os funcionários de um dos bancos mais ricos das Américas. Somente no primeiro trimestre de 2013 o Bradesco obteve um lucro líquido de R$ 2,919 bilhões, mas que mesmo assim continua demitindo.

Durante o ato, os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Rondônia (Seeb-RO) distribuíram aos clientes e usuários panfletos com informações detalhadas sobre os motivos da manifestação, que tem por objetivo conquistar melhorias aos funcionários e clientes, especialmente com mais contratações em todas as agências, para que reduza as gigantescas filas e a demora no atendimento.

Gestores do banco, na tentativa de impedir a mobilização contataram a Polícia Militar com a falsa alegação de que os sindicalistas estariam impedindo a entrada dos funcionários na agência, o que foi descartado pelos próprios PM’s que estiveram no local e confirmaram que a manifestação era pacífica e que contava ainda com o apoio dos funcionários e da compreensão dos clientes e funcionários.

A pauta de reivindicação elaborada pelos funcionários do Bradesco, no Encontro Nacional realizado nos dias 2 e 4, em Atibaia (SP), traz como principais objetivos a criação de um plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), melhores condições de trabalho e preservação da saúde, parcelamento do adiantamento das férias e auxílio-educação para todos.

“O Bradesco até agora é o único banco que não oferece auxílio-educação a seus funcionários e tampouco os valoriza, continuando com a triste tendência de sempre demitir seus funcionários, especialmente os que acabam se lesionando por conta dos esforços desgastantes da rotina de trabalho. São situações que acontecem mesmo com a exibição de suas campanhas publicitárias apelando a sentimentos de valorização do ser humano. O Bradesco, na prática, trata seus funcionários como se fossem robôs, que não tem necessidades, tampouco sentimentos”, avaliou Ivone Colombo, diretora do Sindicato e funcionária do Bradesco.

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