Criatividade: bancários mostraram diferença entre lucros e salários
A estratégia de parar os grandes prédios dos bancos fez crescer ainda mais a greve dos bancários no Rio de Janeiro. Com a interrupção do trabalho do Call Center do Santander, a adesão chegou nesta sexta-feira (30), quarto dia da paralisação, a 58,64%, ou 18.325 bancários de 375 agências e oito prédios administrativos.
Na véspera estavam parados 17.725 funcionários de 375 agências e sete prédios administrativos. A paralisação dos grandes prédios aumenta o prejuízo dos bancos.
A greve é nacional e, em todo o país, já estavam paradas, na quinta-feira (29), terceiro dia do movimento, 7.672 unidades, quase alcançando os cerca de 8 mil unidades paradas no 15º dia da greve do ano passado.
Os números traduzem a indignação dos bancários com a postura patética dos bancos de não voltar à negociação e insistir nos 8% de reajuste, sem valorização do piso e sem PLR maior.
Sopão da miséria
Os bancários fizeram nesta sexta-feira um protesto para denunciar a intransigência da Fenaban, servindo o sopão da miséria à população. A manifestação aconteceu ao meio-dia em frente ao Bradesco da Avenida Rio Branco, acompanhada por uma badinha e por um anão simbolizando o salário do bancário e um ator com pernas de pau, numa referência aos lucros dos bancos.