France Presse
LONDRES, Reino Unido, 3 Nov 2009 (AFP) – O banco britânico HSBC suprimirá mais de 1.700 empregos no Reino Unido, anunciou nesta terça-feira um porta-voz do grupo, um processo que faz parte de uma reestruturação da gerência da rede de agências e de suas operações com cartões bancários.
O banco, que também é um dos primeiros do mundo em capitalização na bolsa, afirma num comunicado que o pessoal das agências em sua maior parte não será afetado e que as mudanças acabarão criando centenas de novos empregos no próximo ano. O HSBC emprega 40.000 pessoas em sua rede britânica.
“As decisões que afetam nosso pessoal sempre são difíceis, mas esta reestruturação é uma parte esssencial da racionalização de nosso negócio e da migração de atividades para centros de excelência em todo o país”, declarou o conselheiro delegado do grupo HSBC UK, Paul Thurston, no comunicado.
Na véspera, outro banco inglês, o Royal Bank of Scotland (RBS), com 70% de seus ativos em propriedade do governo, anunciou o cancelamento de 3.700 empregos em sua rede de agências na Grã-Bretanha.
“O RBS iniciou um processo de consultas com o pessoal na Grã-Bretanha sobre uma reestruturação de sua divisão de banco varejista que resultará na perda de 3.700 empregos em suas agências”, anunciou em um comunicado.
O anúncio do HSBC também acontece poucas horas depois que o governo britânico anunciou que o banco Lloyds, do qual possui 43%, receberá 21 bilhões de libras (34 bilhões de dólares) de capital novo, ao mesmo tempo que participação estatal no Royal Bank of Scotland (RBS) subirá a 84%, com 75% de direitos de votos.
Lloyds e RBS vão realizar cessões que representam 10% do mercado varejista da Grã-Bretanha a novos ou pequenos estabelecimentos, como forma de se adequar às exigências da Comissão Europeia após a ajuda estatal que receberam, segundo o governo britânico.
“Para promover uma maior concorrência no mercado bancário britânico e cumprir com as regras da União Europeia (UE) para ajudas estatais, os bancos deverão fazer cessões de partes significativas de seus negócios nos próximos quatro anos”, informa um comunicado oficial.
O Lloyds receberá assim 21 bilhões de libras em capital para evitar a participação no plano governamental de proteção de ativos.
Já o RBS incluirá dívidas de alto risco por um valor total de 282 bilhões de libras no programa governamental de proteção de ativos.
A medida fará com que a participação do governo britânico no banco aumente a 84%, com 75% de direitos de votos.