Repressão a greve bancária no RS é repetida na greve policial em SP

Dois governadores do PSDB enviaram a polícia para reprimir protestos de trabalhadores e movimentos sociais no dia de ontem, 16/10. Em Porto Alegre, a governadora tucana Yeda Crusius mandou a Brigada Militar reprimir manifetação de bancários que faziam um protesto em frente à agência central do Banrisul (leia mais aqui). A tropa de choque já chegou batendo, sob a observação do comandante da BM, coronel Paulo Mendes.

Pelo menos dois bancários ficaram feridos, um com o pulso quebrado e outra bancária com um corte na cabeça, onde levou quatro pontos. À tarde, a BM voltou a entrar em confronto com manifestantes. Desta vez, foram integrantes da Marcha dos Sem, que reúne diversas entidades dos movimentos sociais. Houve tumulto e algumas pessoas foram pisoteadas. A Brigada disparou bombas de efeito moral e balas de borracha e, para intimidar, mantinha as armas apontadas para os manifestantes. As informações preliminares dão conta de que dez integrantes do ato e um policial ficaram feridos.

Já em São Paulo, José Serra mandou a polícia para bater….na polícia! Policiais civis em greve seguiam em passeata e pretendiam ir até a frente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Mas foram interceptados por uma barreira de policiais militares e houve confronto, com uso de bombas de efeito moral e balas de borracha. Um grande aparato foi mobilizado para conter a manifestação e havia policiais armados dos dois lados. Pelo menos seis pessoas feridas foram encaminhadas para hospitais, inclusive um cinegrafista da TV Record. Um jornalista da Folha Online que cobria a manifestação relatou que foi atingido por uma bomba de efeito moral.

Os manifestantes retornaram ao ponto de partida da passeata e, no início da noite, tentaram novamente chegar até o palácio. Houve novo confronto e o número de feridos subiu para mais de vinte.

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