Cerca de 50 bancários e financiários de Cuiabá e interior participaram do Encontro Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, realizado no auditório do Sindicato dos Bancários e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (Seeb/MT), no sábado (23), cuja finalidade foi discutir a minuta de reivindicações e as estratégias da Campanha Salarial 2008.
O encontro faz parte do calendário de eventos do Seeb/MT e enfatiza as duas campanhas salariais referentes ao ramo que estão em andamento: a Campanha Salarial dos Financiários e também, a Campanha Nacional dos Bancários.
Participou como palestrante, o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlindo Dias de Oliveira, que destacou as melhorias na minuta de reivindicação, aprovadas na Conferência Nacional dos Bancários, e os desafios na negociação de um acordo coletivo para as financeiras e cooperativas do ramo financeiro. Destacou ainda que as financeiras burlam a lei, pois contratam trabalhadores que deveriam ser bancários, porém coloca-os como promotores de vendas. Ao invés de ganharem o piso e os benefícios dos bancários, eles são enquadrados na categoria de comerciários, embora trabalhem para o sistema financeiro.
Carlindo comentou que a Contraf-CUT tomou todas medidas jurídicas necessárias para representação do ramo financeiro. “Temos dificuldades nessas negociações. Os financiários estão sem vários direitos respeitados. A jornada é maior e o salário é menor do que os dos bancários”, destacou o dirigente.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Arilson da Silva, comentou que é necessário que a organização dos trabalhadores das financeiras para garantia de direitos básicos. “Precisamos nos unir e participar de forma democrática das discussões que são de interesse de toda a categoria”, Reforça Arilson da Silva, presidente do Seeb/MT
Os financiários reivindicam reajuste salarial de 10,11%, reposição da inflação do período, mais ganho real, dentre outros pontos. Já os bancários, definiram em congresso, o índice de reajuste de 13,23%, que corresponde à reposição da inflação (8,23%) mais 5% de aumento real.