Taxa média do cheque especial sobe e vai a 8,25% em novembro, diz Procon

A taxa média de juros do cheque especial registrou alta de 0,07 ponto percentual no início deste mês, na comparação com outubro, passando de 8,18% para 8,25%, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Procon-SP. Esse patamar equivale a uma taxa de 158,78% ao ano.

A pesquisa, que leva em conta as taxas praticas pelos sete maiores bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Safra e Santander -, mostrou que a taxa mais alta na modalidade cheque especial em novembro foi praticada pelo Santander, 10,59% ao mês. A menor taxa foi verificada na Caixa, de 4,41% ao mês.

É a maior taxa desde junho do ano passado, quando os juros médios no cheque especiais eram de 8,36% mensais, e próxima à taxa registrada pelo Procon em maio (referente a abril), de 8,46%.

Vale lembrar que, de acordo com dados do Procon, a taxa começou a cair com mais força em maio do ano passado (números referentes a abril), na sequência de uma disputa entre o governo e os bancos por causa dos juros cobrados dos consumidores pelas instituições, considerado elevado pelo Planalto.

Em abril de 2012, os bancos públicos iniciaram uma trajetória de corte de juros para pessoas físicas e jurídicas, forçando as instituições privadas a acompanhá-los.

Desde abril deste ano, com a elevação da taxa básica (a Selic), hoje em 9,5% ao ano, os juros para pessoa física e jurídica têm aumentado.

CADA BANCO

Das sete instituições financeiras pesquisadas pelo Procon, houve alta na passagem mensal em quatro delas: Banco do Brasil (de 6,07% para 6,18%); Bradesco (de 8,90% para 8,94%); HSBC (de 9,90% para 9,95%); e Safra (de 8,25% para 8,90%).

Apenas o Itaú cortou sua taxa (de 9,13% para 8,75%). Caixa e Santander não fizeram alterações.

EMPRÉSTIMO PESSOAL

No empréstimo pessoal, a taxa média de novembro ficou praticamente estável, com alta de 0,01 ponto percentual, passando de 5,27% para 5,28% ao mês, ou 85,42% ao ano.

A maior taxa foi do Bradesco, de 6,31% ao mês, e a menor, da Caixa, de 3,51%.

Ao contrário do que ocorreu com as taxas do cheque especial, no empréstimo pessoal apenas um banco fez alteração nos juros. O Bradesco aumentou sua taxa em 0,04 ponto percentual, passando de 6,27% para 6,31%.

OUTRO LADO

Procurado, o Santander disse, em nota, que sua taxa do cheque especial “é adequada às condições diferenciadas do produto. O Santander Master é o único que oferece aos clientes dez dias sem juros. Aqueles que não conseguirem quitar sua dívida neste período ainda podem parcelar o saldo devedor por metade da taxa.”

O Banco do Brasil disse que “o ajuste realizado na taxa de juros do cheque especial para pessoas físicas reflete o aumento do custo de captação, mantendo o propósito do BB de avaliar permanentemente os fundamentos do mercado para estabelecer sua política de preços de seus produtos.”

A Caixa disse que, praticando as menores taxas de juros do mercado, “reafirma o seu compromisso em oferecer as melhores condições de crédito e de serviços bancários, respeitando e valorizando os seus clientes.”

O Bradesco não quis comentar e os demais bancos não responderam.

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