Respeito a todos os cidadãos, independentemente de orientação sexual. Essa foi a mensagem dada à população em ato realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, no centro da capital paulista, nesta segunda-feira, 17 de maio, Dia Mundial contra a Homofobia. Os bancários também cobraram aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei 122/06, que torna crime atos de discriminação.
> Fotos: galeria de imagens do ato na Praça do Patriarca.
Na quarta-feira 19 será a vez da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, tornar-se palco da mobilização da marcha LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) que vai pressionar os parlamentares a aprovar o PL.
Centenas de pessoas que passaram pela região central da capital paulista assistiram à performance teatral que criticou posturas homofóbicas e propagou o respeito mútuo. Na ocasião, foi distribuída a cartilha LGBT elaborada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Com o título “Conhecer, Entender e Respeitar Sim…Discriminar Não”, a publicação tem caráter didático e apresenta textos sobre orientação sexual, preconceito, além de retratar a luta do movimento dentro do ambiente sindical.
O dirigente sindical e membro do coletivo LGBT da CUT-SP Maikom Azzi afirmou que quem combate condutas homofóbicas está a favor da convivência pacífica e é um defensor do direito à vida com plenitude.
A secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira, destacou que em uma sociedade justa, o preconceito não tem lugar. “Em todos os espaços, inclusive no local de trabalho, onde passamos boa parte do nosso tempo, temos de valorizar a todos e respeita-los, independentemente de gênero, raça ou orientação sexual”, disse.
“Todos os cidadãos têm de ter direitos respeitados e igualdade de oportunidades. Esperamos que assim como os casais homoafetivos da categoria, todos os trabalhadores possam ter direitos iguais”, completou.
Conquista
Na última campanha nacional da categoria, os bancários celebraram mais uma conquista: a extensão de direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para casais homoafetivos, como o direito ao convênio médico. A CCT dos bancários é das poucas com validade nacional.
Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.