Elas ganharam as ruas no último sábado, no centro de São Paulo, exigindo o fim da violência contra todas as mulheres no Brasil e no mundo. O ato integra o Dia Internacional da Não-Violência contra a mulher, celebrado no último dia 25/11. A manifestação organizada pela Rede Uni Brasil contou com a participação de bancárias, comerciárias, gráficas, funcionárias do setor de telefonia, entre outras categorias. A concentração foi em frente ao Teatro Municipal, às 9h30 para, em seguida, partirem em marcha até a Praça da Sé, local do ato.
A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana e foi definida no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia.
“A luta por igualdade de oportunidades e contra a violência as mulheres tem que ser de todos homens e mulheres”, sustenta Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT, que marcou presença no ato acompanhado da mãe.
A manifestação teve distribuição de folder com informações a população e lembrou das melhorias que ocorreram no país por reivindicação das mulheres, como a implementação da Lei Maria da Penha e a criação de um juizado da mulher.
Porém, a pesquisa realizada pela fundação Perseu Abramo demonstra que ainda há muito por fazer para que a violência contra as mulheres seja de vez extinguida. O estudo revela que uma em cada cinco brasileiras declara espontaneamente já ter sofrido algum tipo de violência por parte de um homem, o que representa 19% das mulheres no país.
“É inadmissível que em pleno século XXI ainda possa ter essas formas de violência e desigualdade. A luta é de todos!” conclama Deise Recoaro, secretária de formação da Contraf-CUT, que também esteve presente ao ato.