Os bancários entraram nesta segunda-feira, 5, em seu 12º dia de greve nacional por tempo indeterminado parando, além das agências bancárias da região central de São Paulo e da região da Avenida Paulista, concentrações dos principais bancos onde se localizam os seus respectivos presidentes.
Foram atingidos o Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic), zona sul, onde fica Roberto Setubal; a Cidade de Deus do Bradesco, em Osasco, local do escritório de Luiz Carlos Trabuco; matriz do Real (Santander), na Avenida Paulista, escritório de Fábio Barbosa; e o Safra da Paulista, onde está J.Safra.
Também estão no roteiro os complexos Verbo Divino, São João e Ipiranga do Banco do Brasil. Mais de 20 mil bancários trabalham nestes locais.
“As negociações terminaram sem proposta por parte dos banqueiros. A greve só termina quando os bancários puderem deliberar sobre uma proposta que preveja aumento real de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e mais justa, proteção aos empregos, fim do assédio moral e das metas abusivas”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “A greve continua e será ampliada. As negociações têm de render ganhos aos trabalhadores. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros.”
Assembleia
Os bancários de São Paulo realizam nova assembleia nesta segunda-feira 5, às 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para decidir os rumos do movimento.
Reivindicações
A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (inflação mais aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850.
Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.