Nesta terça-feira, 27, o Sindicato dos Bancários do ABC realizou plenária com os funcionários da Nossa Caixa da região – a primeira a ser realizada no Estado – para tratar da situação do banco e de seus trabalhadores diante do interesse do Banco do Brasil em incorporar o banco estatal. Segundo divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo a partir de terça-feira, 3, o governo do Estado irá abrir os dados sigilosos da instituição para o Banco do Brasil.
Na plenária a presidenta do Sindicato, Maria Rita Serrano explicou aos bancários que esse processo que está ocorrendo com a Nossa Caixa não é novo. “Temos lutado e resistido duramente, por isso não ocorreu antes. O governo tucano tem esvaziado a função social da instituição e enfraquecido os funcionários há tempos”, enfatiza Rita. “A visão do governo federal é de fortalecer os bancos federais e a do Estado de São Paulo é o contrário”.
O passado mostra que todas as fusões geraram desemprego. “Por isso a nossa estratégia é a defesa do emprego e dos postos de trabalho, independente de qual banco incorpore ou compre a Nossa Caixa, e conquistar garantias efetivas e documentadas nesse sentido”, explica a presidenta do Sindicato. “Além disso, o governo do Estado tem de parar o processo de demissões na instituição”.
Marilda Marin, diretora do Sindicato e funcionária da Nossa Caixa esteve presente representando o ABC em reunião do Comando dos Empregados do banco no dia 26. Segundo a diretora, somente a mobilização de todos os funcionários no processo de negociação poderá resultar na manutenção de empregos e direitos, por isso a participação de cada um neste momento é fundamental. “O Sindicato e os empregados estão juntos nessa situação e somente dessa forma será possível obtermos resultados significativos”, afirma Marilda.
Na manhã do dia 23 a presidenta do Sindicato esteve representando o ABC em reunião com o presidente do Banco do Brasil, Antônio Lima Neto, e o Conselho Diretor da instituição a fim de garantir os empregos e direitos dos trabalhadores dos dois bancos envolvidos. Embora as duas instituições estejam em negociação, na ocasião o presidente do BB aceitou abrir um canal de diálogo com o movimento sindical.
