Na segunda rodada, sindicatos cobraram fim das terceirizações e das metas
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira (21) as negociações da campanha nacional dos financiários com a Fenacrefi, em São Paulo. Estarão em pauta os temas abrangência e extensão do acordo para todo o país, correspondente bancário, combate ao assédio moral e à violência organizacional e comissão paritária de controle das condições de trabalho.
Segundo o dirigente sindical Jair Alves, além da discussão destes quatro pontos, também será cobrado da Fenacrefi, o retorno das reivindicações já apresentadas, como o levantamento real do número de trabalhadores na ativa.
“Sabemos que hoje existem por volta de 9 mil financiários, mas não temos a relação oficial dos trabalhadores. As financeiras não passaram até agora. Esta informação é fundamental para sabermos onde estão estes trabalhadores e em que condições, para nossa organização e luta por direitos”, explica Jair.
Esta será a terceira rodada de negociação. A primeira ocorreu em 16 de julho, e a segunda no dia sete deste mês, quando a Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram o fim das metas abusivas e das terceirizações, o que inclui a internalização dos promotores de crédito.
“Reivindicamos que os promotores de crédito sejam reconhecidos como financiários, porque fazem trabalho de análise de crédito, cartão, crédito consignado e todas as funções de uma financeira. As financeiras têm registrado altos lucros e podem, sem nenhum problema, internalizar esses trabalhadores para dentro da categoria”, ressalta o dirigente sindical.
Outras reivindicações
A pauta também tem como pontos prioritários o reajuste de 11,38% (composto por 6,07% de reposição da inflação mais 5% de aumento real); a unificação da data base com a dos bancários, para 1º de setembro; e a garantia de salário ao empregado com benefício indeferido ou alta médica previdenciária, mas sem condições de voltar ao trabalho.