Bancários param agências em Recife e cobram avanços nas negociações

Os bancários de Recife realizaram, nesta segunda-feira (3), um protesto contra os bancos para exigir avanços nas negociações da Campanha Nacional 2012. Eles paralisaram 14 agências localizadas na avenida Conde da Boa Vista, na região central da capital pernambucana, um dos principais corredores financeiro de Recife. Às 11h, a categoria se reuniu na frente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para discutir itens da pauta de reivindicações.

De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, os funcionários paralisaram até ao meio-dia para cobrar uma proposta decente dos bancos.

Na última terça-feira (28), a Fenaban ofereceu reajuste de 6% (aumento real de 0,7%) para todas as verbas salariais, inclusive a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), além de alguns avanços em relação à saúde, segurança bancária e igualdade de oportunidades. O Comando Nacional dos Bancários deixou claro que a proposta da Fenaban é “insuficiente” para o fechamento de um acordo.

Nova rodada de negociação ocorre nesta terça-feira (4), às 15h, em São Paulo.

Segundo balanço divulgado na última quinta-feira, dia 30, pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), 96,5% dos acordos salariais assinados no primeiro semestre de 2012 resultaram em aumentos reais de salário para os trabalhadores. Na média, os ganhos foram 2,23% acima da inflação – mais que o triplo do 0,7% de aumento real proposto pela Fenaban aos bancários nas negociações da última semana.

Reivindicações

Entre os principais pontos da pauta de reivindicações dos bancários destacam-se o reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso de R$ 2.416,38 (equivalente ao salário mínimo ideal calculado pelo Dieese), participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada. Os bancários também querem melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de mais segurança nas agências e postos de atendimento.

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