Trabalhadores do Santander cobram mesmos direitos dos colegas da Espanha

O Santander quer trazer ao Brasil práticas de governança corporativa e de transparência desenvolvidas pela matriz na Espanha, segundo informações publicadas na edição desta segunda=feira, dia 14, pelo jornal Folha de S. Paulo. Para o Sindicato dos Bancários de São Paulo, o banco deveria trazer também os direitos e benefícios que pratica para seus funcionários na Espanha.

“Aliás, essa é uma das principais reivindicações da nossa pauta para o acordo aditivo deste ano. Existe uma série de benefícios que os bancários têm na Espanha e aqui não, como a garantia de emprego, a licença sem vencimentos por um mês para o funcionário que tiver um parente próximo internado, bolsa de férias e abono assiduidade. Se o banco coloca isso em prática lá, pode muito bem estender para os bancários daqui”, destaca João Roberto de Almeida, diretor do Sindicato.

O dirigente ressalta que o Brasil é a filial mais lucrativa do Santander no mundo e que o Sindicato não pode admitir que a empresa espanhola trate os trabalhadores do país como se fossem de segunda classe. “Queremos as mesmas condições de trabalho dos colegas bancários da matriz e vamos continuar exigindo que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros, que é o mote de nossa campanha”, completa João Roberto.

Ações para os bancários

O Santander Brasil informou para a Folha de S. Paulo que vai dar preferência aos clientes e funcionários em sua oferta global de ações, prevista para o início de outubro. A expectativa do mercado, segundo o jornal, é que o banco capte pelo menos R$ 7,1 bilhões, mas alguns analistas avaliam que esse valor possa atingir até R$ 9 bilhões, podendo se tornar a maior oferta pública já realizada no país. Tudo dependerá do valor indicativo dos papéis, que deve sair nos próximos dias.

Para os investidores pessoa física, o período de reserva de papéis vai de 28 de setembro a 5 outubro. O valor mínimo de investimento é R$ 3.000 e o máximo, de R$ 300 mil – para os funcionários a reserva pode começar em R$ 1.000.

Os empregados e administradores do banco terão assegurados pelo menos 5% dos papéis. Para eles, o banco decidiu abrir uma linha de crédito com juros de 1% ao ano e prazo de até 60 meses para pagamento.

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