BB deixa ADRs para o ano que vem e reforça objetivo em atuar no varejo dos EUA

Valor Econômico
Rafael Rosas, do Rio

O Banco do Brasil não trabalha com uma previsão sobre a data de lançamento de American Depositary Receipts (ADR Nível 1) na Bolsa de Nova York, mas a expectativa é de que o lançamento não acontecerá este ano.

Para o vice-presidente da instituição, Ivan Monteiro, a operação vai aumentar a liquidez dos papéis do BB, o que poderá reduzir o desconto em relação às ações dos principais concorrentes que negociam papéis no mercado dos Estados Unidos.

“Esse é um motivo técnico para que haja um desconto (nas ações do BB)”, ressaltou Monteiro, que participou de palestra organizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e pela Câmara de Comércio França Brasil.

O executivo reforçou que o objetivo da companhia é atuar também no varejo nos Estados Unidos, de forma a atender os 1,4 milhão de brasileiros que vivem no país, além de apoiar empresas brasileiras, que “estão adquirindo muitos ativos no exterior”. Atualmente, o BB atua no varejo no Japão e em Portugal.

A expectativa é iniciar as operações nos EUA com cinco agências e “expandir até 12 ou 15”, sempre em áreas com grande incidência de brasileiros.

Monteiro não vê problemas em manter o compromisso firmado com a BM&F Bovespa de atingir, até junho de 2011, 25% de free float (ações em negociação no mercado), adequando-se às normas do Novo Mercado, onde as ações do BB são negociadas desde 2006. Atualmente, o free float da instituição está um pouco acima dos 21%. Monteiro afirmou que o lançamento dos ADRs não será capaz de levar o free float para a casa dos 25%.

Monteiro afirmou que o Banco do Brasil pretende que o setor de seguros responda por pelo menos 20% dos ganhos da companhia no médio prazo.

Com antecipou o Valor, Ele reiterou que todo o segmento segurador dentro do BB passará por uma reestruturação, mas não comentou se a aquisição da SulAmérica é uma movimento possível para impulsionar o crescimento do mercado segurador nos resultados da empresa.

“O que está em curso é uma reestruturação da área de seguros, buscando maior eficiência”, disse Monteiro. “Esse segmento tem que aumentar, e aumentará, a participação no resultado final do banco”, acrescentou.

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