Paralisação no ITM do Itaú Unibanco pressiona Fenaban
Os bancários mostraram mais uma vez sua força por todos os bairros de São Paulo, Osasco e nas cidades no entorno de Osasco nesta sexta 7, décimo dia de greve nacional por tempo indeterminado. Além das paralisações em 15 centros administrativos, cerca de 30 mil os trabalhadores cruzaram os braços 667 agências.
Na zona leste, o destaque negativo ficou por conta da atitude do superintendente do Itaú Unibanco da Vila Formosa, que fez pressionou os gerentes para que abrissem as agências contra sua vontade e sob coação da polícia. Em outros locais da região que fica sob controle da Regional Leste, porém, os bancários resistiram à presença da PM e dos interditos e seguraram a greve.
Para um bancário de uma agência da região, “a categoria está reagindo bem está no caminho certo. É preciso se fortalecer ainda mais para que venha uma boa proposta para nós. Gostamos muito desse emprego e não gostamos de greve, só que a única forma que encontramos para negociar melhores condições no emprego”.
Na zona norte foram paralisadas as atividades de duas concentrações do Banco do Brasil: Marambaia e Jaguaretê. Juntas, reúnem cerca de 500 funcionários. Foi o segundo dia de greve na Marambaia, mas a Jaguaretê parou pela primeira vez, ampliando a adesão ao movimento naquela região.
Na região da Paulista, o dia de greve foi marcado pela resistência dos trabalhadores do Bradesco das agências Osvaldo Cruz, Nações Unidas e Cerqueira César, que não se intimidaram e cruzaram os braços, apesar da pressão da polícia, que tentou forçar a abertura.
Um bancário da região contou sua experiência de ter participado pela primeira vez de uma greve. “Nós do Bradesco sofremos muita pressão para não fazer greve. Estou parando pela primeira vez. O meu sentimento é de orgulho. Daqui uns anos vou recordar este dia com bastante satisfação, pois vou poder dizer que lutei para uma mudança que ajudou além de mim, muitos trabalhadores do Brasil”, afirmou.
Na região central da capital, os bancários do Itaú Unibanco Patriarca retomaram a mobilização um dia depois de terem enfrentado a pressão do banco, que usou força policial para forçá-los a entrar na quinta-feira 7.
Uma bancária que trabalha na agência que fica no térreo do prédio conta que sofreu desvalorização no salário e perda de conquistas após a fusão. “Não sei qual foi o cálculo utilizado por eles, mas não acho justo isso acontecer. Tem 25 anos que dou minha vida nesse lugar. Por isso estou em greve e não entro na agência para trabalhar nem sobre ameaça”, conta mostrando o torpedo que acabara de receber do seu gestor.
Na zona oeste o grande destaque ficou por conta das ocorrências no Casp (Centro Administrativo São Paulo), do HSBC, onde, com truculência, a polícia e o banco desrespeitaram o direito de greve e forçaram os bancários a entrar para trabalhar.
Na zona sul foram quase uma centena de locais parados e em Osasco os bancários mantiveram a mobilização, com mais de cem unidades dos bancos aderindo à greve.