Mais uma vez o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, a Fetec-CN e a Contraf-CUT esbarram na falta de propostas do Banco da Amazônia em mesa específica da Campanha Nacional 2010. Na rodada desta sexta-feira (17), a comissão de negociação do Banco se restringiu a informar que a instituição seguirá o índice de reajuste salarial acordado com a Fenaban, mas não garantiu que esse índice será aplicado no cálculo das demais cláusulas econômicas.
A comissão do Banco informou ainda que remeteu um parecer à diretoria sobre as 150 cláusulas da minuta específica e disse que a posição do Banco, neste momento, é tão somente acompanhar o índice definido nacionalmente. Sobre as demais cláusulas sociais, retomará as negociações a partir do posicionamento da diretoria sobre o referido parecer, pedindo, então, a suspensão da mesa.
As entidades representativas dos trabalhadores criticaram a falta de debate nas mesas do Banco da Amazônia. “Na rodada do dia 10 de setembro o Banco se comprometeu em trazer para a reunião de hoje (17) uma posição para as nossas reivindicações, só que mais uma vez a mesa de negociação foi frustrada. Registramos que é preciso o Banco demonstrar postura efetiva de negociar as cláusulas específicas e ratificamos mais uma vez, em mesa, que queremos que nossas reivindicações sejam apreciadas pela direção do Banco da Amazônia o quanto antes”, afirma Sérgio Trindade, vice-presidente do Sindicato e da Fetec-CN, coordenador da comissão de empregados na mesa de negociação.
“Nas duas últimas reuniões não houve o debate e o compromisso era de que na rodada de hoje a discussão sobre a minuta fosse garantida. Só que mais uma vez a comissão do Banco se omitiu desse diálogo. Ainda que a diretoria não tenha uma posição sobre todas as cláusulas da minuta, o processo de negociação deve avançar. Não aceitamos o fato de a comissão ter um parecer sobre as nossas reivindicações, o qual foi remetido à diretoria, e mesmo assim não garantir o debate”, critica Cristiano Moreno, diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia.
“As entidades que representam os empregados do Banco da Amazônia na mesa de negociação requerem que o Banco coloque como prioridade um posicionamento da instituição sobre a minuta específica dos seus empregados, pois estamos tratando de reivindicações que afetam diretamente a vida desses trabalhadores, e isso não pode ficar para um segundo plano”, complementa Roosevelt Santana, diretor da Fetec-CN e empregado do Banco da Amazônia.
Estiveram na reunião desta sexta-feira representando os bancários e bancárias Rosalina Amorim, presidenta do Sindicato e diretora da Contraf-CUT; Sérgio Trindade, vice-presidente do Sindicato e da Fetec-CN, coordenador da comissão de empregados na mesa de negociação; Cristiano Moreno e Marco Aurélio Vaz, diretores do Sindicato e empregados do Banco da Amazônia; Roosevelt Santana, diretor da Fetec-CN e também empregado do Banco; além do diretor do Sindicato do Maranhão, Raimundo Nonato Costa.
INTENSIFICAR AS MOBILIZAÇÕES
As entidades reforçam a convocação de todos os empregados e empregadas do Banco da Amazônia para a assembleia geral da categoria que será realizada logo mais, às 19h, na sede do Sindicato (28 de setembro, 1210, Reduto, Belém-PA) e que tem como objetivo informar sobre o andamento das negociações gerais com a Fenaban, e específicas nos bancos públicos, assim como organizar a mobilização da categoria para o calendário de lutas proposto pelo Comando Nacional para a próxima semana.
“Precisamos agora do engajamento de cada bancário e bancária no nosso calendário de lutas. Devemos ir às ruas mostrar a força do nosso movimento, pois somente através das nossas mobilizações é que podemos reverter a intransigência dos banqueiros, para que tenhamos avanços e conquistas em nossa Campanha Nacional”, destaca Rosalina Amorim, presidenta do Sindicato e diretora da Contraf-CUT.
Confira o calendário proposto pelo Comando Nacional
Terça – dia 21 – Dia nacional de luta
Quarta – dia 22 – Negociação com a Fenaban
Quinta – dia 23 – Indicativo de negociações com os bancos públicos
Terça – dia 28 – Assembléias em todos os sindicatos
Quarta – dia 29 – Indicativo de greve, em caso de rejeição das propostas