Bancários rejeitaram proposta insuficiente de 8% da Fenaban
Os bancários de Mato Grosso entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (27) após cinco rodadas de negociações com os bancos, que negaram as reivindicações relacionadas à segurança bancária, mais contratações para atender a população e valorização da categoria. Ao todo, são 282 agências no Estado e mais de 4,5 mil bancários.
O resultado da última negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban, ocorrida na sexta-feira (23), foi uma proposta de 8% de reajuste, sendo que os trabalhadores reivindicam 12,8%. Os bancos se negam a investir mais em segurança, com instalação de biombos, vidros blindados nas fachadas e portas giratórias em todas as agências, entre outros itens.
A segurança é uma das principais reivindicações dos bancários. Ao longo de todo processo de negociação, o Sindicato realizou atos de protesto para cobrar dos bancos mais investimentos e ainda dialogou com o poder público para que a onda de ataques a bancos não continue crescendo, que até setembro deste ano atingiram 27 agências e 69 caixas eletrônicos.
“Nossa luta é por trabalho decente, a começar pela segurança nas agências. Estamos unidos nesta Campanha Nacional para que a população não sofra com o terror nos bancos. As instituições financeiras devem valorizar os trabalhadores, ao invés de pensar somente no lucro. No primeiro semestre deste ano, os bancos já lucraram mais de R$ 27,4 bilhões. Queremos segurança nas agências, com melhorias para todos”, afirma o presidente do Sindicato, Arilson da Silva.
O fim do assédio moral no ambiente de trabalho também é bandeira defendida pela categoria, além do fim das metas abusivas e dos altos juros. Os bancários lutam nesta greve por igualdade de oportunidade, aumento dos vales alimentação e refeição, e combate as terceirizações, entre outros.
