“A greve de 24 horas que os bancários deverão fazer a nível nacional a partir de terça-feira será um aviso de que não aceitam a contraproposta feita pelos banqueiros, de 7,5% de reajuste e de que poderão entrar em greve por tempo indeterminando, caso as negociações não avancem”. A advertência é do presidente em exercício do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Alexandre para quem os lucros exorbitantes obtidos pelos bancos há anos dão todas as condições a eles de atender às reivindicações dos bancários.
A categoria quer 13,23% de reajuste (inflação mais 5% de aumento real), PLR de três salários mais R$ 3.500 (sem limitador). Para os tíquetes, R$ 17,50 por dia e uma cesta-alimentação de R$ 415 (valor do salário mínimo), além da 13ª cesta alimentação, fim do assédio moral e segurança nas agências. O percentual proposto pelos bancos, incide sobre todas as verbas salariais, inclusive participação nos lucros e resultados (PLR), mas não cobre, sequer, a perda causada pela inflação no último ano. Não houve qualquer avanço também nas demais questões, como PLR maior, que reflita a lucratividade; nem nas questões ligadas à saúde, ou às condições de trabalho, ao fim do assédio moral e à segurança.
Assembléias em todo o país
Para decidir sobre a greve nacional de 24 horas a partir de terça-feira, bancários de todo o país farão assembléias na véspera. A do Rio de Janeiro será na Galeria dos Empregados no Comércio, na Avenida Rio Branco, 120, 2º andar. A proposta de greve a ser avaliada está sendo proposta pelos dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf-CUT) que representa os bancários nas negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).