“Condições adversas têm levado bancários ao adoecimento”, diz Maria Maeno

O debate sobre Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa, realizado neste sábado, dia 29, no Holliday Inn, em São Paulo, durante o 26º Conecef, contou com a exposição da médica e pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno.

Maeno destacou os primeiros estudos de doenças relacionadas ao trabalho, mostrando como o modelo de automação em curso nos bancos, que flexibiliza os diretos e precariza os serviços, acaba gerando adoecimento nos trabalhadores.

Para ela, o modelo de reestruturação adotado pelos bancos, com incorporações, concentração no sistema financeiro, multiplicidade de serviços, terceirização, entre outros, tem levado os bancários a condições adversas, causando principalmente LER/Dort e transtornos psíquicos.

Segundo Maeno, o serviço bancário, de pressão por produtividade, com operações repetitivas, regulação, realizado sempre com muita intensidade, caracteriza o cotidiano de um trabalho penoso.

“Os efeitos deste processo geram insegurança, estresse, gastrite, depressão etc. Com isso, o sistema músculo-esquelético e a mente entram em fadiga no trabalho, causando tendinite, síndrome do pânico e dependências, como alcoolismo, entre outros”, afirma Maeno.

Maeno ainda mostrou alguns dados da Previdência Social, entre 2005 e 2008, de transtornos mentais e músculo esquelético ocorrido nos bancos.

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