A Contraf-CUT, sindicatos, federações e Afubesp voltam a se reunir com o Santander nesta quinta-feira, dia 10, às 10h30, em São Paulo, para discutir os problemas e as reivindicações dos bancários com deficiência. A reunião específica foi agendada durante o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT).
“Vamos debater os problemas apontados pelos trabalhadores com deficiência do Santander, em encontro realizado no último dia 28 de abril, em São Paulo, bem como as suas demandas visando garantir inclusão com qualidade”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
“As pessoas com deficiência que trabalham no Santander ainda sofrem discriminações e não são respeitados os seus limites, bem como reclamam da ausência de expectativa de crescimento e ascensão no banco”, denuncia o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá. “Uma empresa que pretende ser a melhor para trabalhar precisa garantir respeito e igualdade de oportunidades para esses empregados”, salienta.
Veja os principais problemas:
1. ausência de promoção para os PCD. Nenhum trabalhador presente na reunião havia recebido promoção desde o seu ingresso no banco;
2. desvio de função;
3. desconsideração das limitações. Os trabalhadores PCD têm as mesmas metas dos demais, suas limitações são desconsideradas no momento da exigência de metas e no momento da avaliação.
4. falta ou falha na política de acolhimento;
5. despreparo dos companheiros de trabalho para lidar com as diferenças;
6. não há expectativa de crescimento e ascensão na empresa;
7. não são dadas oportunidades de desenvolvimento;
8. colocação em funções consideradas desqualificadas onde os salários são o piso da categoria;
9. ocorrência de pressões, chantagens e humilhações;
10. inadequação arquitetônica e barreiras;
11. não são oferecidos treinamentos;
12. não são disponibilizados materiais softwares ou equipamentos adequados. A aquisição destes suportes para o PCD é considerada como despesa pela empresa;
13. os trabalhadores com deficiência auditiva reclamaram de ser constantemente excluídos e segregados e da falta de sensibilidade por parte das chefias.
Confira as principais reivindicações:
1. A inclusão deve ser feita com qualidade:
– respeitando as diferenças e limitações;
– dando oportunidade de crescimento na empresa;
– dando treinamento adequado.
2. Canal de comunicação eficiente com o RH para que a PCD contratada possa encaminhar suas demandas, dúvidas e problemas.
3. O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) entregue ao trabalhador (PCD) após o Exame Admissional deve trazer, detalhadamente, as suas limitações.
4. Os gestores desses trabalhadores devem receber cópia do ASO e todas as informações necessárias para que possa designar as tarefas condizentes com as limitações.
5. Os gestores e as equipes devem receber orientações sobre como promover a integração da equipe e a inclusão da PCD.
6. Oferecer curso de libras para todos os trabalhadores dos setores onde trabalhem deficientes auditivos.
7. Vale-transporte e estacionamento para os trabalhadores com mobilidade reduzida. Que a empresa pague uma verba correspondente ao valor do vale-transporte aos trabalhadores com mobilidade reduzida que estão impossibilitados de utilizar o transporte público para ajudá-los a custear o seu deslocamento para o trabalho. Assim como arcar com o custo do estacionamento nestes casos.