Continua a greve no Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e na Caixa Econômica Federal no âmbito de todo o Ceará. A decisão foi tomada em assembleia realizada na terça-feira, dia 13, por cerca de 200 bancários. Trabalhadores desses dois bancos completam 21 dias de paralisação nesta quarta-feira, reivindicando propostas dignas.
“O Banco do Nordeste tem resultados altamente positivos e isso é graças aos seus trabalhadores. Nossa greve está forte em todo o Nordeste. Temos estados onde a greve chega a 100% de paralisação, dando exemplo de uma greve consolidada no BNB. O Passaré não é modelo para demonstrar como está o movimento no banco”, disse Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT), conclamando que a greve deve continuar até que seja apresentada uma nova proposta.
“A greve vai prosseguir até que a Caixa apresente proposta global às reivindicações específicas dos trabalhadores. O lucro da empresa continua elevado e os empregados devem receber, no mínimo, a mesma PLR do ano passado. Exigimos também mais contratações, isonomia de direitos e melhores condições de trabalho”, afirma o diretor do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, Marcos Saraiva.
Para o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, a direção dos bancos têm de observar o que se passa além dos resultados financeiros das empresas. “Como bancos públicos, os trabalhadores cumprem diversas metas sociais. Tarefas que não aparecem no balanço da instituição, mas que propiciam um saldo social imenso. É uma função imprescindível para o País e que beneficia principalmente as camadas mais carentes da sociedade. Um trabalho altamente qualificado que os bancários desempenham e que a Caixa e BNB devem reconhecer e valorizar mais”, disse.
Protesto
Na terça-feira, dia 13, os bancários fizeram o 20º dia de paralisação e fortaleceram o movimento, reforçando os piquetes nas agências locais.
Nesta quarta-feira, dia 14, às 17h, na sede do Sindicado dos Bancários (Rua 24 de Maio, 1289, Centro), os trabalhadores realizam nova assembleia para deliberar sobre a continuidade ou não do movimento.