Contraf-CUT quer discutir com PF segurança em agência de negócios

Dirigentes sindicais entregam ofício para a delegada Silvana Borges

A Contraf-CUT entregou nesta quarta-feira (19) um ofício para a Polícia Federal, solicitando uma reunião específica para discutir a falta de segurança nas agências de negócios do Itaú, Bradesco e Santander. O documento foi recebido pela a coordenadora-geral de Controle da Segurança Privada (CGCSP), delegada Silvana Helena Vieira Borges, ao final da 103ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília.

Participaram da entrega do ofício o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, e os integrantes do Coletivo Nacional de Segurança Bancária que acompanharam a reunião da CCASP.

> Clique aqui para ler a íntegra do ofício da Contraf-CUT.

“Tomamos conhecimento, com enorme preocupação, de que o Itaú, o Bradesco e o Santander estão implantando, sem qualquer discussão com o movimento sindical, um novo modelo de agências ‘de negócios’, onde trabalham bancários, funcionam caixas eletrônicos, mas não existem vigilantes nem portas de segurança e outros equipamentos de segurança”, explica o documento.

“Já ficamos sabendo de que uma dessas agências, inclusive localizadas em shoppings, foi assaltada, trazendo medo e insegurança para funcionários e clientes do banco. A violência aconteceu no último dia 29 de janeiro, em Londrina (PR). Os bandidos atacaram e roubaram os pertences pessoais dos trabalhadores”, denuncia a Contraf-CUT.

“Várias agências estão sendo alvos de protestos dos sindicatos em todo o país. Os bancários estão trabalhando em estabelecimentos completamente inseguros, colocando diariamente em risco as suas vidas. Várias denúncias já foram protocoladas pelas entidades sindicais nas Delegacias de Controle de Segurança Privada (Delesp). Algumas decisões judiciais já foram tomadas beneficiando as entidades sindicais dos bancários”, salienta o ofício.

Para a Contraf-CUT, esse modelo vulnerável de agências descumpre a lei federal nº 7.102/83, na medida em que há movimentação de numerário em função da existência de caixas eletrônicos, onde ocorrem operações de abastecimento e saques em dinheiro, além de depósitos em envelopes. “Os bancários que trabalham nessas unidades não possuem segurança e se encontram expostos a riscos de assaltos, como já aconteceu no Paraná”, alerta o documento.

“Queremos o agendamento de uma reunião específica para que possamos expor as preocupações da categoria com a falta de segurança nas agências de negócios e propor que sejam tomadas medidas no âmbito da Polícia Federal para fiscalizar essas agências e fazer com que esses bancos adotem procedimentos de segurança para proteger a vida das pessoas”, frisou Ademir ao entregar o documento.

A delegada Silvana ficou de analisar o ofício da Contraf-CUT e se comprometeu a agendar oportunamente uma reunião para tratar do assunto.

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