Greve nacional dos bancários já nasce com força em Belo Horizonte

Unidade e mobilização na largada da greve na capital mineira

O primeiro dia da greve dos bancários de Belo Horizonte e Região foi marcado por forte adesão nesta terça-feira, dia 18, e mostrou o espírito de luta da categoria. Nada menos que 70% das unidades de trabalho da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil e 45 agências de bancos privados paralisaram suas atividades.

Os bancários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em resposta à intransigência dos banqueiros e das direções dos bancos federais que se recusam a atender as reivindicações gerais e específicas da categoria.

A proposta apresentada pela Fenaban no dia 28 de agosto, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, foi recusada pelos trabalhadores, pois significa aumento real de apenas 0,58%.

Às 13 horas, os bancários fizeram concentração em frente ao prédio da agência Século da Caixa, na rua Carijós, esquina com rua Espírito Santo, no Centro de Belo Horizonte.

Nesta quarta-feira, dia 19, às 13 horas, no mesmo local, os bancários farão nova concentração para avaliar a greve e decidir os rumos do movimento.

Dados da Contraf-CUT dão conta de que os bancários fecharam pelo menos 5.132 agências e centros administrativos dos bancos em 26 estados e no Distrito Federal neste primeiro dia da greve nacional da categoria.

A greve por tempo indeterminado continua até que as reivindicações dos bancários sejam atendidas. A categoria reivindica reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real), PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38), Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, auxílio-educação para graduação e pós-graduação, auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 622,00 cada, igualdade de oportunidades, emprego (aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT que inibe demissões imotivadas e universalização dos serviços bancários), cumprimento da jornada de 6 horas para todos, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários, mais segurança nas agências e postos bancários, previdência complementar para todos os bancários e contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

A presidenta do Sindicato, Eliana Brasil, ressaltou a disposição dos bancários no primeiro dia de greve. “A grande mobilização dos bancários neste primeiro dia deixou claro que a nossa greve já nasceu forte e tende se ampliar ainda mais nos próximos dias. Para isso, contamos com a participação de cada bancário e de cada bancária nas manifestações e assembleias promovidas pelo Sindicato”, apontou.

“Vamos buscar também o apoio da população para nossa luta contra a ganância dos banqueiros, os juros exorbitantes, as taxas abusivas, por menos filas, mais segurança nas agências e por um atendimento digno aos clientes e usuários”, afirmou.

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