Bancários do Brasil inteiro realizaram uma série de manifestações e transformaram esta terça-feira 14 num Dia Nacional de Luta pela Igualdade de Oportunidades nos bancos. Em São Paulo, o Sindicato promoveu pela manhã reuniões com os bancários para detalhar alguns dados do Mapa da Diversidade e explicar as principais reivindicações para acabar com a discriminação no mercado de trabalho bancário. No início da tarde, o Sindicato realizou uma manifestação na avenida Paulista, em frente à matriz do Real.
“Com o ato, denunciamos para a sociedade o preconceito dos bancos, que contratam poucos negros, pagam menos para as mulheres e não cumprem a cota mínima reservada para os bancários com deficiência. Escolhemos o local do protesto estrategicamente, bem em frente ao trabalho do Fábio Barbosa, presidente da Fenaban. Demos nosso recado para os bancos de que queremos negociar a igualdade de oportunidades com seriedade nesta campanha nacional que está começando. As instituições financeiras precisam assumir esse compromisso pelo fim da discriminação, inclusive na Convenção Coletiva de Trabalho”, explica a diretora do Sindicato Neiva Ribeiro dos Santos.
Durante o ato, o Sindicato distribuiu panfletos informativos para a população e para os bancários. “A igualdade de oportunidades é uma questão de todos. As pessoas precisam mudar seus valores para passarmos definitivamente por cima do preconceito e da discriminação. Essa mudança precisa partir de nós mesmos, pois assim a nossa luta será fortalecida e temos mais condições de brigar com os bancos para que mulheres, negros, pessoas com deficiência e gays tenham os mesmos direitos e sejam respeitados como todos merecem”, ressalta Neiva.
Licença-maternidade maior – Em meio aos protestos e manifestações do Dia Nacional de Luta, o Sindicato destacou uma outra reivindicação que também deve ser uma das principais questões debatidas na campanha nacional: a ampliação da licença-maternidade para seis meses.
Desde março, o Sindicato está em plena campanha para que todos os bancos cumpram a lei facultativa que aumenta o tempo do benefício em dois meses. Até agora, já são sete os bancos que aceitaram a reivindicação: Banco do Brasil, VR, Caixa Econômica Federal, ING, Nossa Caixa, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco Rendimento, totalizando cerca de 80 mil bancárias beneficiadas.
