Sindicato paralisa agência do Banco do Brasil em Campina Grande

Nesta quinta, dia 18, o Sindicato dos bancários de Campina Grande e Região(Seeb Campina Grande)retardou a abertura da agência do Banco do Brasil da UFCG, até o meio dia. Durante a paralisação, a diretoria do Sindicato debateu com os funcionários da agência o andamento da campanha nacional e os problemas internos do banco.

A atividade faz parte da campanha Acorda BB, que entra em sua segunda fase. O protesto provoca o diálogo com a população e também entre os empregados. E deve crescer. Pouco a pouco, bancários e clientes começam a despertar. Falta o banco.

Os trabalhadores cobram mudanças no ambiente de trabalho. Na Paraíba, a cobrança excessiva e abusiva por parte da superintendência estadual tem levado ao afastamento e adoecimento de funcionários. Com ameaças constantes de descomissionamento, a postura da superintendência tem tornado o clima nas agências cada vez mais hostil.

Na base de atuação do nosso sindicato já ocorreu casos de funcionários que entregaram a comissão devido a forte pressão. Recentemente o funcionário responsável pelo Posto de Atendimento Bancário (PAB) do Banco do Brasil em Fagundes pediu demissão. Apesar dos diversos apelos tentando demove-lo da decisão, o mesmo encontra-se irredutível. A pressão pelo cumprimento de metas absurdas e a falta de condições de trabalho foram os principais motivos que levaram o funcionário com mais de quinze anos de banco a tomar a drástica atitude.

Em todas as unidades sobra serviço para pouca mão-de-obra. Horas extras, metas abusivas, assédio moral e doenças ocupacionais viraram rotina para os funcionários do banco. Entre as principais reivindicações na campanha nacional estão à contratação dos concursados e um Plano de Cargos e Carreiras.

População merece respeito

A contratação de mais pessoal, com convocação dos concursados, é uma das principais demandas da Campanha. Embora o banco tenha empossado alguns trabalhadores, o ritmo de contratações é lento e não supre o vácuo deixado pela saída de trabalhadores. E o resultado se reflete em filas imensas e na falta de respeito aos consumidores, sobretudo os de renda mais baixa. A pesar do descontentamento de quem deu viagem perdida, o apoio da sociedade ao movimento foi positivo.

Negociações específicas

A diretoria do BB trata com descaso o processo de negociação. A pauta de reivindicação foi entregue ao banco desde o dia 13 de agosto e de lá pra cá nada de negociação. Só depois de muita insistência do movimento sindical é que o banco confirmou, ontem, a retomada das negociações para os dias 23 e 24 de setembro.

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