Desde o último dia 4 de dezembro, o BRDE deixou de efetuar o desligamento compulsório dos funcionários que se aposentam junto ao INSS. A medida atende uma das demandas das entidades sindicais e foi anunciada pelo banco, durante negociação ocorrida nesta segunda-feira, dia 8, em Porto Alegre. Aposentadoria não é mais motivo para desligamento do trabalhador. Os representantes do BRDE também trouxeram respostas para várias reivindicações da pauta específica, apresentada e discutida na reunião do dia 10 de novembro. Algumas questões, no entanto, ainda esperam decisão da diretoria da instituição e outras dependem de estudos.
Pelo Sindicato dos bancários de Porto Alegre e região (SindBancários), estiveram presentes o diretor Ademir Wiederkehr e os delegados sindicais Irene Kosciuk e Ottoniel Rocha (Toni). O Sindicato dos bancários de Florianópolis foi representado pelo diretor Helio Prado e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pelo diretor Paulo Stekel.
O BRDE foi representado pelo superintendente de Infra-Estrutrura, Luis Carlos Prandini, pelo superintendente financeiro Matheus Muhoz e pelo chefe do Departamento de Recursos Humanos, Guilherme Pegorini.
Reajuste de 10% para todos
“Os representantes do BRDE informaram que o pedido de extensão do reajuste salarial de 10% para todos os níveis , após estudos e parecer técnico, foi encaminhado para deliberação da diretoria do banco, o que poderá ser definido na próxima reunião, que ocorre na segunda-feira que vem, dia 15”, destaca Ademir.
PLR proporcional para quem se aposenta no ano
“Apresentamos proposta de pagamento de PLR proporcional aos meses trabalhados para quem se aposenta ao longo do ano, pois não é justo que esses trabalhadores, também responsáveis pelos lucros auferidos, continuem sem participar da distribuição da PLR”, aponta Stekel. “Esse procedimento já existe no Banco do Brasil e agora foi atendido parcialmente aos trabalhadores do Santander”, explica. “Se aé quem é desligado sem justa causa após o dia 2 de agosto recebe PLR proporcional, nada justifica a exclusão de quem se aposenta no exercício”.
O BRDE ficou de analisar a reivindicação.
Ampliação das licenças-maternidade e amamentação
“Também apresentamos propostas de ampliação da licença-maternidade para 180 meses, conforme legislação já aprovada no Congresso Nacional, mas que ainda não está vigente”, ressalta Hélio. “Pedimos ainda a extensão da licença-amamentação, que pela CLT é de uma hora por dia até a idade de seis meses da criança, para a idade de nove meses, podendo ser transformada em folga de dez dias corridos, a critério da mãe, nos moldes do que foi negociado com o Santander”, salienta o catarinense.
O BRDE anunciou que essas propostas serão incluídas para estudos no plano de trabalho do DERHU em 2009.
Elevação do auxílio creche/babá
“Reiteramos novamente a necessidade de elevar o auxílio creche/babá para o valor do salário mínimo (hoje R$ 415), uma vez que o valor atual de R$ 192, é insuficiente para pagar uma creche ou uma babá”, salienta Irene.
Essa demanda também será incluída pelo BRDE para estudos no plano de trabalho do DERHU em 2009, assim como a conversão, em espécie, de 100% da licença-prêmio e sua extensão aos funcionários do RPII.
Planos de saúde e odontológico para aposentados
As entidades sindicais voltaram a defender a garantia de plano odontológico na aposentadoria e a extensão do plano de saúde aos futuros aposentados do RPII. Ficou estabelecido que tanto os sindicatos como o banco irão buscar as experiências de outros bancos públicos, como o Banrisul, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que possuem caixas de assistência médica, para posterior discussão conjunta,
Outros temas discutidos
Também foram discutidos assuntos, como plano de cargos, salários e carreiras, estagiários, eleição direta de um diretor do ISBRE, suspensão das terceirizações, uniformes para recepcionistas e outras funções, eleição direta de um funcionário para o Conselho de Administração do BRDE e incusão das gratificações semestrais no cálculo da PLR.
“Propomos construir um aditivo à convenção coletiva, a exemplo de outros bancos, para tratar das questões específicas do BRDE, visando garantir avanços e conquistas e melhorar as condições de saúde, trabalho e aposentadoria”, conclui Ademir.