A divulgação do lucro de 135,2 milhões referente ao ano de 2010 feita ontem pelo Banco Mercantil e o valor da PLR a ser pago no próximo dia 18 de fevereiro frustrou os funcionários. O motivo maior de insatisfação foi o não cumprimento do indicador “redução de despesas operacionais” que tem o peso de 30% nos critérios de apuração de valores dos múltiplos salariais. A medida reduziu drasticamente os valores que serão recebidos pelos bancários que, com todo esforço e dedicação em 2010, proporcionaram ao Mercantil um aumento de lucratividade histórico da ordem de 235%.
Como se não bastasse o repasse injusto, o banco foi intransigente ao demonstrar um balanço, em que e as metas das despesas não foram alcançadas reduzindo enormemente o valor da PLR.
Para o funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato de Belo Horizonte, Vanderci Antônio chegou o momento dos funcionários se unirem na luta pela mudança dos parâmetros de apuração da PLR no Mercantil do Brasil. ” Não podemos aceitar uma PLR menor, já que o banco alcançou um enorme lucro no ano de 2010. Além do mais, o Mercantil não deixou claro porque os 180 milhões relativos ao recolhimento maior da Cofins obtido em ação judicial junto à União Federal não refletiu na soma dos valores da PLR. Esses são os motivos porque o nosso Sindicato vem se relutando em assinar a PLR própria do Mercantil”. afirmou.
Já Marco Aurélio Alves, diretor do Sindicato e funcionário do banco, ressaltou que a frustração é muito grande entre os funcionários, pois todos esperavam que a PLR deste ano fosse maior do que a do ano passado. “Em todas as negociações com o banco para implementação do programa próprio de PLR, o Sindicato lutou e reivindicou a retirada dos indicadores de “despesas operacionais” e “BSC”, que nesse momento penalizam o trabalhador.
O Sindicato de BH sempre defendeu que os critérios para apuração da PLR têm quer ser claros e objetivos, distribuindo os lucros de acordo com o crescimento da empresa. Por isso, não vamos descansar enquanto o Mercantil não entender que a distribuição da PLR tem que ser um fator motivacional para os bancários”, enfatizou.