Bancários de Curitiba aderiram ao Dia Nacional de Luta contra o Projeto Corredor do Itaú e fecharam dez agências na cidade. São elas: Rua das Flores, XV de Novembro, Paraná, Santo Amaro, Hauer, Carmo, duas agências na Av. República Argentina e duas em São José dos Pinhais.
Apesar da aparente comodidade para clientes e usuários, o projeto gera impacto direto na jornada dos bancários, que ficam sobrecarregados e expostos à insegurança. O banco implementou o projeto de forma unilateral, sem conversa com o movimento sindical.
Após protestos dos trabalhadores, o banco prometeu que só ampliaria o projeto após uma reunião com os sindicatos. “Não foi o que aconteceu, antes mesmo desta conversa acontecer, o projeto já havia alcançado 450 agências de todo Brasil. Realizamos este Dia Nacional de Lutas para cobrar que o banco nos atenda em uma negociação séria e pare de desrespeito. Se isso não acontecer, iremos intensificar as mobilizações”, conta Junior Dias, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e funcionário do Itaú.
Há anos, os bancários sugerem que o expediente dos bancos seja ampliado, com agências funcionando das 9h às 17h. No entanto, a proposta da categoria inclui a criação de dois turnos de trabalho, o que geraria empregos e novas contratações.
Queremos mais emprego
Somente nos nove primeiros meses de 2012, o Itaú obteve R$ 10,102 bilhões de lucro líquido. Apesar deste resultado, o banco cortou 7.831 postos de trabalho até setembro deste ano. Desta forma, o Itaú aprofundou ainda mais o processo de extinção de empregos iniciado em abril de 2011, totalizando, desde então, o fechamento de 13.595 vagas. A redução do emprego aumenta a lucratividade do banco, mas piora a qualidade do atendimento e as condições de trabalho dos bancários.
Queremos mais segurança
Ainda considerando o lucro de R$ 10,102 bilhões, nos primeiros nove meses deste ano, o Itaú investiu apenas R$ 384,7 milhões em segurança e vigilância bancária, o que representa apenas 3,8% da lucratividade. Além disso, com a ampliação do horário de atendimento, o banco obriga vigilantes a fazerem a triagem dos clientes e usuários, devido a falta de funcionários. A insegurança já resultou, inclusive, na retirada de quatro agências do Projeto Corredor (em São Paulo e Brasília).