Trabalhadores não aceitam redução de direitos em nome do ajuste fiscal
A CUT/MT, Movimentos Estudantis, MST e outras centrais sindicais (CSB, CTB, Força, Nova Central e UGT), tomaram a frente do prédio da Previdência Social e ocuparam a avenida central de Cuiabá, por algumas horas, nesta quarta-feira, 28 de janeiro, Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Empregos e Direitos.
Na abertura do Ato, o presidente da CUT/MT e diretor do SEEB/MT, João Luiz Dourado, disse que os trabalhadores não irão permitir redução de direitos em nome do ajuste fiscal. “Os trabalhadores de todo o Brasil estão na rua para protestar contra as Medidas Provisórias 664 e 665, e contra o pacote fiscal anunciado pelo governo federal no início do ano. Essas medidas restringem o acesso do trabalhador aos benefícios trabalhistas e previdenciários”, afirmou o bancário, ressaltando que o movimento sindical quer o diálogo, mas exige a retirada das duas medidas provisória, porque os trabalhadores/as não podem pagar a conta pelas desonerações fiscais que foram dadas às empresas e ao capital financeiro.
A bancária, diretora da CUT/MT e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (FETEC-CUT/CN), Sonia Rocha “Queremos resgatar os compromissos de campanha da presidenta Dilma com a classe trabalhadora, não foram medidas como essas que prejudicam apenas os assalariados. Os trabalhadores/as não aceitam mais terceirizações e privatizações. É preciso implementar o projeto que lutamos para Elegê-la”, frisou Sonia Rocha, ressaltando que é necessário que os trabalhadores paguem menos impostos e que chegou a hora das grandes fortunas contribuírem mais para o crescimento do país.
Caixa 100% pública
De acordo com o presidente do SEEB/MT e diretor da CUT/MT, José Guerra, “não podemos aceitamos medidas restritivas que aumentam os juros e que derrubam o crédito, o financiamento para pequenas e médias empresas. Não podemos aceitar medidas como a abertura de capital da Caixa Econômica Federal. Essas medidas além de aprofundarem a recessão vão gerar desemprego e as desigualdades sociais.
“A Caixa tem um papel muito importante para a população e para os trabalhadores. É patrimônio do povo brasileiro. Defendemos a continuidade da CAIXA 100% PÙBLICA. A Caixa há 154 anos atua no desenvolvimento de programas sociais como financiamento estudantil, habitação, infraestrutura para o país”, acrescentou o presidente do SEEB/MT.
Para o secretário de comunicação da CUT/MT, Robinson Ciréia a presidenta Dilma foi eleita com a plataforma da classe trabalhadora. As centrais que apoiaram a política da presidenta agora estão nas ruas para cobrar a pauta dos trabalhadores/as”, afirmou.