Rede de Comunicação dos Bancários
Nicolau Soares/Contraf-CUT
A Campanha Nacional dos Bancários 2008 vai trazer para o primeiro plano o debate do emprego dos bancários. Essa foi a determinação do plenário da Conferência Nacional dos Bancários, que aprovou na manhã deste domingo, dia 27, o relatório do Encontro Temático de Emprego.
“A maioria das reivindicações já estava na minuta entregue à Fenaban no ano passado. A mudança é de estratégia, dando mais visibilidade para essas questões”, explica Miguel Pereira, secretário de Finanças da Contraf/CUT.
Os pontos principais são a garantia de emprego, que está nas cláusulas 41 e 42 da minuta, e a aplicação dos termos da Convenção 158 da OIT na negociação com os bancos, combatendo a demissão imotivada. “Continuaremos lutando pela ratificação da convenção e paralelamente lutaremos por acordos com os bancos que sigam na mesma direção da garantia de emprego”, explica Miguel.
Nesse debate, a luta contra a rotatividade ganha importância. “A rotatividade no setor é muito alta e isso prejudica o trabalhador e a própria ação sindical. A não permanência serve para pulverizar o trabalhador, que não cria identidade com a categoria e a representação sindical”, analisa o diretor da Contraf/CUT.
Duas novas cláusulas foram incluídas na minuta. Uma delas é a criação de Comitês de Relações Trabalhistas em todos os bancos. A outra exige a garantia de emprego de no mínimo três anos para todos os trabalhadores em caso de fusões entre empresas.
Além disso, todas as cláusulas da minuta de 2007 se mantém, cobrando pagamento de hora-extra, horário de atendimento e obrigatoriedade da redução da jornada de trabalho para 5h para todos os trabalhadores, inclusive comissionados.
