Trabalhadores cobram proposta decente com melhoria da segurança
Chegou a 160 o número de agências fechadas em Mato Grosso na quarta-feira (5). A greve que teve início no dia 27 de setembro já soma dez dias nesta quinta-feira (6) dez dias com mobilização em todas as regiões do Estado.
Na grande Cuiabá, a adesão chega a 99% de paralisação. A categoria mantém a greve por tempo indeterminado até que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresente uma proposta decente para os trabalhadores.
Os bancários aderiram em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Arenápolis, São José do Rio Claro, Barra do Bugres, Sorriso, Nortelândia, Pontes e Lacerda, Lucas do Rio Verde, Diamantino, Alta Floresta, Campo Novo do Parecis, Nova Olímpia, Colíder, Juara, Santo Antônio, Nova Mutum, Barra do Garças, Confresa, São Félix do Araguaia, Vila Rica, Canarana, Nova Xavantina, Rondonópolis, Jaciara , Campo Verde, Alta Araguaia, Primavera do Leste e Guiratinga.
O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT) destaca que a parte de autoatendimento dos bancos está funcionando normalmente. Durante a greve, os bancários estão dialogando com a população e apresentando as motivações da paralisação. As principais são: mais segurança nas agências, mais contratações para atender melhor a população, fim das altas tarifas e taxas bancárias, reajuste salarial de 12,8%, fim do assédio moral e metas abusivas, melhores condições de trabalho, entre outras.
O presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva, afirma que a greve dos bancários ganha força em todo país e destaca que os bancários aguardam uma nova proposta da Fenaban, que até o momento não se pronunciou. Ele ressalta que, apesar dos bancos tentarem desmobilizar a categoria com interditos proibitórios, a Justiça reconhece que a greve dos bancários é legal.
“Estamos aumentando o número de agências em greve e estamos firmes para que os bancos valorizem a população e seus empregados, a começar pela segurança. Estamos com 27 ataques a bancos e 70 caixas eletrônicos arrombados e os bancos se negam em atuar no combate. Segurança deve ser visto com investimento pelas instituições financeiras e não como prejuízo. Com mais de R$ 27 bilhões de lucros acumulados neste primeiro semestre, é uma vergonha que os bancos se neguem a atender nossas reivindicações”, denuncia Arilson.
O silêncio dos bancos está aumentando a insatisfação dos bancários e fortalecendo a greve nacional da categoria, que cresceu e já fechou 8.556 agências de bancos públicos e privados em todos os estados e no Distrito Federal.