Os bancários de Alagoas voltaram às agências do Itaú Unibanco nesta terça-feira para mais uma rodada de protestos contra as demissões e as precárias condições de trabalho. As manifestações, realizadas nas 13 agências de Maceió, fizeram parte do Dia Nacional de Luta dos Funcionários, o quarto realizado este ano.
Na passagem pelas agências, os diretores do Sindicato dos Bancários de Alagoas e funcionários do Itaú Unibanco distribuíram jornais denunciando a política de rotatividade do banco, que substitui empregados antigos e experientes por outros com menores salários. O resultado da demissão em massa, disseram os dirigentes do Sindicato, tem sido a sobrecarga de trabalho e os desvios de função, além da terceirização do serviço bancário.
Mesmo nos estados onde as demissões não ocorrem em grande escala, os funcionários trabalham inseguros, devido à expectativa de cortes e a pressão do banco para que cumpram metas abusivas. “Muitos colegas se sentem ameaçados, além de extenuados pelo excesso de trabalho”, denuncia Cláudio Gama, diretor do Sindicato e funcionário do banco.
Os Sindicatos, a Contraf-CUT e a Comissão de Organização dos Empregados do Itaú vão continuar com a campanha de denúncias até o banco suspender as demissões e negociar seriamente com os trabalhadores. “Não se justifica que uma instituição tão lucrativa, que obteve R$ 3,53 bilhões somente no primeiro trimestre de 2011, continue a tratar o Brasil com tanto desrespeito, sugando ao máximo os trabalhadores e a renda da sociedade, sem qualquer responsabilidade social e econômica”, acrescenta Cláudio Gama.