Mais um assalto aconteceu no início da tarde desta terça-feira, 16. O alvo da vez foi o Bradesco da Dantas Barreto. Com esse caso, e mais o da última sexta – no Itaú da Praça do Entroncamento -, já são 32 ocorrências em 2010: quatro vezes mais do que foi registrado no ano passado.
O Bradesco já soma oito assaltos e só perde para o Itaú em termos de insegurança. Ambos são os que menos investem em equipamentos de segurança nas suas agências em Pernambuco. “O que mostra que os bandidos escolhem muito bem os seus alvos”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino.
A agência da Dantas Barreto, por exemplo, sofreu o segundo assalto neste ano. Ela não tem porta com detector de metais e as câmeras de segurança são mal posicionadas, segundo informa o secretário de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Times – que visitou a unidade depois do assalto.
Foram seis assaltantes. Eles entraram armados na agência por volta das 14 horas, renderam os vigilantes e se mostraram muito agressivos. O Sindicato garantiu o fechamento da agência e recebeu o informe do banco de que os trabalhadores receberiam a visita de um psicólogo no dia seguinte.
A falta de segurança não é exclusiva da agência Dantas Barreto. Levantamento feito pelo Sindicato mostra que não há rendeiro em 70% das unidades do Bradesco; não há câmeras em 80%, nem portas de segurança em 90%.
No Itaú, a situação é semelhante: 50% por cento das unidades não têm circuito de câmeras e 42% não têm portas com detector de metais. O Bradesco também é o banco que demonstra menor preocupação com a situação das vítimas – clientes e bancários. Nos sete casos anteriores, não houve o fechamento da agência nem o banco prestou assistência médica ou psicológica a ninguém.
O Bradesco, como a maioria dos bancos, também não emite a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os bancários que presenciaram assaltos. O documento serve como garantia, diante do INSS, caso mais tarde o trabalhador venha a sofrer algum trauma. Vale ressaltar que o número de doenças psicológicas também tem crescido nos últimos anos.
No ano passado, das 140 CATs preenchidas no Sindicato, 12 eram por transtornos psíquicos. Este ano, somente até julho, já eram 10. Ou seja, o percentual passou de 8,5% para 1O%. Em 2006, este índice era de apenas 4,2%. “A gente orienta o pessoal a vir aqui, no Sindicato, emitir o documento. Não espere que alguma doença se manifeste”, sugere Geraldo Times.
Sindicato inovando
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Ouça a entrevista com o Delegado do Depatri, Antonio Barros