A economia brasileira cresceu 1,9 % no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. A maior elevação foi registrada no setor industrial, cuja alta na produção chegou a 2,1%. Já o setor de serviços apresentou elevação de 1,2%. Na agropecuária, houve queda de 0,1%.
Em relação ao segundo trimestre de 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país – teve queda de 1,2%. Na taxa acumulada nos quatro trimestres terminados em junho, o crescimento do PIB foi de 1,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No acumulado do primeiro semestre de 2009, a soma das riquezas produzidas no país caiu 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na mesma comparação, o consumo das famílias cresceu 3,2 %, o vigésimo-terceiro período de crescimento consecutivo. Um dos fatores que contribuíram para esse resultado foi o comportamento da massa salarial real, que cresceu 3,3% no segundo trimestre de 2009. Além disso, as operações de crédito do sistema financeiro para pessoas físicas tiveram incremento de 20,3%.
A despesa de consumo da administração pública variou 2,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2008 e os investimentos (formação bruta de capital fixo) caíram 17,0%. Este foi a maior queda neste tipo de comparação desde 1996, quando o IBGE iniciou a pesquisa das contas trimestrais.
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de bens e serviços produzidos no país, estão sendo divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mantega prevê crescimento econômico em 2009
Ao comentar o resultado do PIB, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que o crescimento de 1,9% na comparação com o trimestre anterior é positivo. Segundo ele, a previsão é de que a economia brasileira cresça 1% ao fim de 2009. Para Mantega, já no terceiro trimestre, a expansão deverá ser de 2% a 3%.
“A economia brasileira cresceu 1,9% no segundo trimestre, portanto, é um resultado muito positivo e significa que a economia já voltou a crescer. Esse crescimento continua no terceiro trimestre, de modo que fecharemos o ano de 2009 com taxa positiva”, disse o ministro hoje (11) em São Paulo.
Segundo Mantega, o Brasil é “uma das economias com recuperação [da crise financeira internacional] mais rápida do mundo”, em formato de “V”, com queda e recuperação mais intensas, e não de “U”, com retomada mais lenta, como ocorre em outros países.
De acordo com o ministro, por causa desse panorama positivo no Brasil, as medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo – como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca – devem deixar de vigorar até o final do ano, como já era previsto.
“A economia já está deslanchando com as próprias pernas. Não precisa mais de empurrão do governo. É claro que continuaremos com juros baixos, aumentando o crédito e estimulando investimentos com taxas bastante baixas e condições favoráveis.”