PM e Santander Real promovem baixaria no centro de São Paulo

Uma manifestação pacífica em frente ao Banco Real da Rua Boa Vista, no centro de São Paulo, terminou em conflito nesta quarta-feira, graças à atuação da direção do Santander (dono do Real) e da Polícia Militar (PM).

> Fotos: galeria com as imagens da repressão aos manifestantes

O advogado do banco forçou a entrada dos bancários que faziam a greve na porta da agência por volta 15h30, pouco antes do encerramento do expediente bancário. Dirigentes do Sindicato, que exerciam sua função de esclarecimento dos bancários durante a greve, protestaram diante do desrespeito à liberdade sindical.

Um bate-boca entre o advogado do banco e os manifestantes terminou em confusão. A dirigente Maria Rosani e o advogado foram levados ao 1º DP e liberados. O advogado chegou a pedir desculpas aos dirigentes sindicais, na delegacia, dizendo que está sob um stress tremendo em função da pressão do banco para abrir as agências.

PM

Toda essa confusão poderia ter terminado sem problemas, não fosse a truculência da PM. Contra meia dúzia de mulheres dirigentes sindicais, os policiais, sob o comando do tenente Dmytraczenko – já conhecido pelos bancários na greve – fizeram uso de força desmedida para levar Rosani presa, com a utilização de gás de pimenta e cassetetes contra os manifestantes.

“Vamos denunciar esse abuso do tenente à Polícia Militar e pedir a abertura de processo administrativo contra ele”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. “Se os bancos não querem que os bancários façam greve, basta apresentar uma proposta decente, com aumento real de salários, PLR maior, valorização dos pisos, proteção ao emprego. Com o dinheiro que os bancos estão gastando com advogados poderiam perfeitamente atender as reivindicações dos bancários”.

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