Diante da falta de uma nova proposta dos banqueiros que atenda as reivindicações dos bancários, a categoria em Brasília decidiu deflagrar greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, dia 24. A decisão foi tomada por mais de 5 mil bancários em assembleia na noite de quarta, dia 23, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul.
Com data-base em 1º de setembro, os bancários estão em Campanha Nacional, entre outros pontos, por reajuste de 10%, incluindo aumento real de 5%, melhores condições de trabalho, garantia de emprego e mais contratações, Participação nos Lucros e Resultados (a chamada PLR) mais justa, fim do assédio moral e das metas abusivas e mais segurança nas agências.
A minuta de reivindicações foi entregue no dia 10 de agosto para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que, após cinco rodadas de negociações, apresentou no dia 17 último uma proposta insuficiente aos representantes dos trabalhadores: apenas 4,5% de reajuste, o que só repõe a inflação do período, PLR menor que a do ano passado, nenhuma valorização dos pisos salariais, nenhuma proteção aos empregos e nada de melhoria nas condições de saúde, segurança e trabalho.
Banco do Brasil e Caixa
Paralelamente à mesa da Fenaban, que discute as questões gerais da categoria, como o índice de reajuste, também ocorrem negociações específicas com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e, no caso específico de Brasília, com o BRB. Essas negociações, como o próprio nome indica, tratam da pauta exclusiva de cada um desses bancos e se referem, por exemplo, a questões como programas próprios de remuneração. Em nenhum deles houve avanços significativos.
Telefonistas terceirizadas
As mais de 250 telefonistas terceirizadas que prestam serviços ao Banco do Brasil também decidiram entrar em greve. Elas fizeram assembleia conjunta com os bancários. A Assemp, empresa contratante das ttelefonistas, vem cometendo uma série de irregularidades trabalhistas e salariais e não sanou nenhuma delas apesar de ter recebido prazo do ministério público.