Banrisul projeta expansão do crédito e da rede de agências em 2012

Convicto de que os fundamentos macroeconômicos atuais do Brasil estão sólidos e em condições de suportar os efeitos da crise financeira mundial, o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, assegurou que a instituição vai expandir, em 2012, o crédito imobiliário, apoiará ações de fomento ao biodiesel e ampliará a rede de agências bancárias.

Zamin esteve na segunda-feira (12) na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, onde expôs a estratégia do banco para o ano que vem que se sustenta na visão de taxa de juros declinantes ao patamar de 10%, admitindo a possibilidade de um dígito, de crescimento do PIB na ordem de 3,3%, câmbio médio de R$ 1,80, podendo alcançar R$ 2,00 em dezembro de 2012, e inflação de 5,5%.

Para o presidente do Banrisul, o primeiro semestre deve ser mais lento, com aceleração no período seguinte já como decorrência dos efeitos positivos das medidas tomadas pelo governo de redução de impostos. Ele também projetou que no segundo semestre de 2012 há forte tendência de a Bolsa de Valores voltar a ser um atrativo financeiro interessante. “Nossa visão é otimista, mas sem deixar de ser prudente para evitar riscos maiores. Não podemos é nos encolher.”

Zamin também descartou a possibilidade de ocorrer um aumento exagerado da inadimplência, que atualmente, no Banrisul, é inferior à média nacional. Ele projeta, inclusive, elevação de 15% a 20% nas concessões de crédito em 2012 na comparação com este ano. O presidente do Banrisul assinalou que o crédito imobiliário é um dos que mais tem espaço para crescer, pois representa, no momento, pouco mais de 4% do PIB nacional. Quanto à rede do Banrisul confirmou estudos para abertura de mais 84 agências no Estado nos próximos anos.

Para o Rio Grande do Sul, ele projeta períodos de crescimento, retomando taxas melhores do que as dos últimos anos e destacou que há uma confiança do empresariado na estrutura financeira do País e que muitos estão tirando projetos das prateleiras. Conforme Zamin, o setor primário é um dos que mais sofre transformações.

“Existe um processo de modernização na agricultura. Temos menos agricultores e mais empresários. O agronegócio é uma atividade que pode fazer o Estado decolar”, definiu.

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