Empregados da Caixa decidem manter e fortalecer a greve em todo país

Indignados com postura da direção da Caixa Econômica Federal, os empregados entram nesta sexta-feira, 9 de outubro, em seu 16º dia de greve nacional. A decisão foi tomada durante assembleias realizadas na quinta-feira em todo país, segundo levantamento da Contraf-CUT junto aos sindicatos.

Dessa forma, os trabalhadores decidiram intensificar a paralisação para pressionar a empresa a atender as reivindicações específicas. Na rodada de negociação ocorrida na quinta-feira, em São Paulo, os representantes da Caixa não apresentaram uma proposta que contemple as expectativas dos empregados. Nenhuma nova reunião foi agendada.

Avaliação do Comando Nacional

O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) avaliam que a proposta feita pelo banco é insuficiente, especialmente na questão da remuneração. Nos últimos anos, a Caixa tem desempenhado um papel cada vez mais presente como operadora de importantes políticas do governo federal, como o Bolsa-Família e os investimentos em habitação.

Se por um lado essa mudança na atuação da Caixa é vista como positiva pelos bancários, ela gerou um aumento enorme na carga de trabalho dos empregados do banco, deteriorando as condições de trabalho. Dessa forma, o Comando entende que, mesmo que o lucro líquido do banco seja insuficiente para pagar aos empregados a regra básica da PLR, os trabalhadores devem receber algum tipo de compensação por toda a sua dedicação e empenho.

Além disso, a proposta não contempla diversas questões específicas reivindicadas pelos trabalhadores, conforme decisão do 25º Conecef, tais como: jornada de seis horas para todos e participação na gestão. Dessa forma, o Comando Nacional decidiu orientar os bancários pela não aprovação da proposta e continuidade da greve na Caixa por tempo indeterminado.

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