Protestos dos bancários reforçaram Dia Nacional de Mobilização da CUT
Os bancários da Paraíba paralisaram nesta quinta-feira (18) agências do Itaú, HSBC e Bradesco em protesto por falta de segurança e condições de trabalho. As atividades integram o Dia Nacional de Mobilização da CUT. O atendimento ao público no Itaú foi liberado ao meio-dia, enquanto as unidades do Bradesco e HSBC permanecer fechadas até o final do dia.
HSBC
O funcionário do banco inglês e secretário-geral do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, chamou a atenção da sociedade para a indignação dos bancários. “Na ânsia de aumentar seus lucros a qualquer preço, a direção do HSBC demite e não contrata mais bancários para preencher os claros existentes, inclusive com os que se afastam para gozar férias e para tratamento de saúde (aqui na Paraíba são seis)”, denunciou.
“Essa situação anômala gera estresse e adoecimento provocados pela pressão, assédio moral, sobrecarga e acúmulo de funções. Em vez de contratar mais bancários aqui na praça, o banco tem remanejado funcionários, inclusive de Maceió e Natal, para atuarem aqui. Essa aberração tem que acabar. Exigimos respeito aos clientes, bancários e usuários”, desabafou.
Bradesco
O funcionário do Bradesco e secretário de imprensa do Sindicato, Rogério Lucena, afirmou que o motivo principal da paralisação é a falta de investimentos em segurança por parte do banco, o que expõe os clientes ao perigo e leva os bancários ao estresse extremo e ao adoecimento.
“Ocorreram 41 crimes contra bancos na Paraíba em 2013, sendo mais de um terço contra o Bradesco. Dentre outras modalidades criminosas, o banco foi alvo de quatro assaltos, justamente em agências sem portas de segurança. Prova inconteste que a diretoria do Bradesco não tem o menor interesse em investir em segurança. Ou seja, o que interessa ao banco é apenas o lucro e não a vida e o bem estar de clientes, bancários, vigilantes e usuários”, argumentou.
Itaú
O funcionário do Itaú e secretário de Patrimônio do Sindicato, César Estrela, ressaltou que, dentre outros fatores, os protestos decorrem da pressão pelo cumprimento de metas, redução de unidades e as precárias condições de trabalho nas agências.
“O aumento das metas no segmento PJ (Pessoa Jurídica), a perspectiva de redução das unidades à metade e a incerteza do destino dos excedentes estão deixando os bancários apreensivos e estressados. Outro problema que está se tornando comum nas agências do Itaú é o descaso com a reparação das centrais de ar condicionado, que estão sofrendo constantes panes, sem solução. Vamos intensificar os protestos”, enfatizou.
Avaliação
O presidente do Sindicato, Marcos Henriques, declarou que “hoje nós expressamos o nosso repúdio a esses bancos que exploram a sociedade, demitem e assediam seus trabalhadores, enquanto os lucros são cada vez maiores. E decidimos protestar juntamente com toda a classe trabalhadora porque também empunhamos a bandeira pelo fim do fator previdenciário e da terceirização, pela redução da jornada de trabalho e mais investimentos em saúde, educação e segurança”, concluiu.