Curitiba reforça Dia Nacional de Luta pela Igualdade de Oportunidades

O jornal “Igualdade” divulgado pela Contraf/CUT foi reproduzido pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e distribuído, na manhã desta terça-feira, dia 14, nas portas das sedes administrativas do banco HSBC. Os dirigentes também organizaram um arrastão nas agências bancárias localizadas no centro de Curitiba abrangendo os demais bancos.

Discriminação

O Mapa da Diversidade divulgado no dia 2 de julho pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em Brasília, comprova o que os bancários vêm denunciando há mais de uma década: existe discriminação contra as mulheres, contra os negros e contra as pessoas com deficiência dentro dos bancos.

A pesquisa que contou com a participação Contraf-CUT revela que as mulheres ganham 78% dos salários dos homens e encontram mais obstáculos para a ascensão profissional. Apenas 19,5% dos trabalhadores do sistema financeiros são negros ou pardos, que ganham, em média, 84,1% do salário dos brancos. A discriminação é ainda maior em relação às mulheres negras: somente 8% delas conseguem emprego nos bancos.

Já as pessoas com deficiência não conseguem preencher nem os 5% da cota exigida em lei. O salário médio das mulheres contratadas pelos bancos nos primeiros três meses do ano foi de R$ 1.535,34, enquanto a remuneração média dos homens admitidos no mesmo período chegou a R$ 2.022,56 – uma diferença de 24,09% em prejuízo das
bancárias.

Para Maria de Fátima Costamilan, representante da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) da FETEC-CUT-PR, os trabalhadores bancários precisam lutar e exigir igualdade na contratação, no tratamento e, principalmente, respeito às diferenças para assegurar oportunidades igualitárias de salário e crescimento profissional nas instituições financeiras.

A bancária da Caixa afirma que, embora os trabalhadores não tenham os dados estatísticos em mãos, já é sabido que as piores estatísticas nacionais se encontram no Bradesco, Santander e Unibanco.

“No Paraná, de acordo com a pesquisa realizada pela FETEC-CUT-PR em 2007, sobre a contratação de bancários afrodescendentes nos bancos, o HSBC apresenta um dos piores índices, só perdendo para o Santander”, explica.

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