RS: Secretaria de Segurança chama reunião do GT de Segurança Bancária

Depois uma nova onda de assaltos verificada nos últimos dias no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Segurança Pública do governo do Rio Grande do Sul (SSP) agendou para terça-feira, dia 11, às 15h, reunião do Grupo de Trabalho de Segurança Bancária. O encontro acontece na sede da SSP e contará com a presença do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários) e da Federação dos Bancários (Feeb-RS).

Novembro tem a média de um ataque a banco por dia no Estado, um número assustador que exige medidas urgentes para garantir a segurança de trabalhadores, clientes e usuários. De 1º a 8 de novembro, são oito ataques a agências e postos espalhados pelo Estado.

A última ocorrência aconteceu em uma agência do Banco do Brasil, arrombada em Camaquã, na madrugada de sábado, dia 8, por dois homens. Com isso, o número de casos subiu para 137 no ano, se aproximando do total de 142 verificadas em 2007.

Falta policiamento

Novamente a pauta estará centrada no combate aos ataques a bancos. Os dirigentes vão levar para a SSP a estatística mensal de assaltos do SindBancários, que justifica a preocupação com o aumento da violência. “Diante da chegada das festas de final do ano, vamos exigir reforço no patrulhamento das imediações das agências, visando prevenir a ação das quadrilhas, cada vez mais ousadas e aparelhadas”, adianta o diretor de Comunicação e integrante do GT de Segurança, Ademir Wiederkehr.

Durante a audiência no dia 22 de setembro, concedida pelo secretário Edson Goularte ao SindBancários, ficou acertado que as reuniões seriam retomadas na segunda quinzena de outubro, o que não ocorreu. “Observamos que o comandante da BM, coronel Paulo Mendes vem dando mais atenção à repressão aos movimentos sociais, como vimos durante a greve dos bancários, do que o combate aos assaltos a bancos”, lamenta o dirigente sindical.

Descaso dos banqueiros

Os bancos também não têm feito a lição de casa. As agências não instalaram vidros blindados nas fachadas, como determina nova lei municipal de Porto Alegre. Além disso, várias unidades possuem a porta giratória depois do auto-atendimento, o que é ilegal, bem como não colocaram câmeras de vídeo para inibir ataques e facilitar a identificação de criminosos.

“Os lucros dos banqueiros sobem cada vez mais, mas não se vê aumento nos investimentos em segurança”, compara Ademir. “A proteção da vida tem que ser colocada acima do lucro”, reivindica.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram