Comando cobra novo modelo de PLR na primeira negociação com a Fenaban

Na primeira negociação da campanha 2009, realizada nesta terça-feira 18, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) definiram o calendário de discussão da minuta de reivindicações da categoria. Haverá três rodadas, uma por semana: emprego no próximo dia 27, remuneração e cláusulas econômicas no dia 2 de setembro; e saúde, condições de trabalho e cláusulas sociais no dia 9 de setembro.

O Comando Nacional cobrou da Fenaban uma resposta, na próxima reunião, para a reivindicação de alteração do modelo de PLR, que foi discutida exaustivamente em cinco rodadas de negociações entre abril e maio último. “Nossa proposta é clara e foi definida na Conferência Nacional. Queremos três salários mais R$ 3.850 fixos distribuídos a todos os bancários. Acreditamos que esse modelo é mais simples, mais transparente e valoriza mais o trabalho dos bancários”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “Cobramos uma resposta para a próxima rodada, uma vez que esse debate já foi realizado exaustivamente com os bancos, e deixamos claro que não assinaremos acordo com o modelo de PLR do ano passado.”

Os negociadores da Fenaban disseram que a proposta dos bancários está sendo discutida pelos bancos e que ainda não têm uma definição.

Emprego e remuneração

A próxima rodada de negociação com a Fenaban, na quinta-feira da próxima semana, dia 27, tratará do emprego dos bancários. A pauta de reivindicações aprovada na Conferência Nacional prioriza quatro medidas para preservar e ampliar os postos de trabalho: garantia de emprego nos processos de fusões e aquisições; mais contratações de bancários para atender à crescente demanda de trabalho; fim das terceirizações e compromisso dos bancos de respeitar a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas.

Na quarta-feira da semana seguinte, dia 2 de setembro, será a vez da discussão sobre remuneração. “Deixamos muito claro aos bancos que quando falamos de remuneração não estamos nos referindo apenas ao índice de reajuste e à PLR”, acrescenta Carlos Cordeiro. “Queremos também valorizar os pisos da categoria, não só dos escriturários e caixas, mas também dos comissionados e gerentes. Ainda queremos incluir na nossa Convenção Coletiva uma cláusula sobre a remuneração total, inclusive a parte variável, e outra que garanta a criação de planos de previdência complementar para todos os bancários.”

Os bancários estão reivindicando os seguintes pisos salariais:

– R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese) para os escriturários.
– R$ 2.763,45 para os caixas.
– R$ 3.447,80 ao primeiro comissionado.
– R$ 4.605,73 para o primeiro gerente.

As cláusulas relativas a saúde, condições de trabalho e questões sociais serão discutidas na rodada de negociação marcada para o dia 9 de setembro.

Gripe A

O Comando Nacional cobrou ainda dos representantes dos bancos na rodada desta terça-feira que o afastamento preventivo das bancárias grávidas em razão dos riscos de contágio da gripe A não traga nenhum tipo de prejuízo às afastadas, nem na licença-maternidade, nem na remuneração e benefícios.

Os negociadores da Fenaban deram a garantia de não haverá nenhum impacto negativo às gestantes afastadas preventivamente.

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