A Caixa Econômica Federal lucrou R$ 2,543 bilhões no primeiro semestre, o que representa um crescimento de 53,4% em relação ao mesmo período de 2007. O lucro do primeiro semestre equivale a uma rentabilidade de 44,9% sobre o patrimônio liquido, acima dos 23,7% registrados em igual período de 2007. Supera também o retorno sobre o patrimônio liquido dos dois maiores bancos privados do país no primeiro semestre deste ano, o Bradesco, com 28,6%, e o Itaú, com 27,7%.
Um dos motivos que explicam o lucro da Caixa é a ativação de créditos tributários, que somaram R$ 704 milhões no semestre. Outro destaque foram às receitas com operações de crédito, que cresceram 8,6% entre o primeiro semestre de 2007 e de 2008, chegando a R$ 4,910 bilhões. O resultado foi alavancado pela expansão de carteira de crédito. Os empréstimos a pessoas físicas e jurídicas cresceram 26,6% entre junho de 2007 e de 2008, um significativo avanço aos números de um ano antes, quando a carteira crescia 8,3%.
“No governo Lula, a Caixa se movimentou no sentido de se tornar um banco social, e hoje está mais próxima do que nunca desse modelo. Mesmo assim, alcança uma lucratividade altíssima como essa”, avalia Plínio Pavão, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa). “Uma das deliberações discutidas na plenária nacional é a reforma do sistema público financeiro, a redefinição do que é um banco social. Esse lucro da Caixa abre espaço para cobrarmos que ela caminhe ainda mais nessa direção”, sustenta.
Além disso, frisa o diretor, mostra que, do ponto de vista dos funcionários, há muito em que avançar, especialmente com mais contratações. “Embora tenha ocorrido melhoras com as contratações realizadas no governo Lula, a carga de trabalho também aumentou. É preciso fazer mais, ainda faltam muitos funcionários, o que é visível nas agências”, diz Plínio.
