Trabalhadores protestam contra abusos da diretoria do BB
Os bancários de Santos e Região paralisaram nesta quarta-feira (28), das 10h às 12h, seis agências do Banco do Brasil na Baixada Santista, no interior de São Paulo, contra a prática de assédio moral pela diretoria do banco.
Os trabalhadores pararam as agências Santista, Ponta da Praia e Porto, em Santos, São Vicente, Cubatão e Guarujá. As paralisações fizeram parte de uma mobilização nacional, organizada pela Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
ASSÉDIO
Como forma de pressão e ameaça, a direção do BB tem enviado carta aos funcionários que aderiram a greve cobrando o compromisso individual de compensação das horas não trabalhadas durante o período de mobilização, contrariando a Convenção Coletiva de Trabalho assinada entre as entidades sindicais e a Fenaban.
No documento enviado aos trabalhadores, o banco sugere a obrigatoriedade da compensação de horas e o cumprimento integral das horas devidas.
E essa não é a primeira tentativa da direção do BB de constranger os funcionários e fazê-los cumprir, irregularmente, as horas de greve. Num primeiro momento, o BB chegou a criar uma instrução normativa específica (IN 361) para o cumprimento das horas. Depois, o banco fez uma primeira convocação.
Agora, o BB quer que os funcionários assinem um documento se comprometendo a cumprir todas as horas. “Muitos foram pegos de surpresa e obrigados a assinar”, relata Eneida Koury, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionária do BB.
O Sindicato orienta que os bancários não assinem o documento e denunciem esta prática. “Não vamos tolerar assédio moral em cima dos trabalhadores, nem qualquer tipo de retaliação ou perseguição”, finaliza Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato e funcionário do BB. O departamento jurídico do Sindicato analisa se cabe uma ação contra o Banco do Brasil por assédio moral.