Sem negociações, bancários realizaram dia do preto na capital mineira
A greve nacional dos bancários se fortalece a cada dia ao se ampliar em Belo Horizonte e se alastrar para outras cidades do interior. Nesta terça-feira, 11 de outubro, o movimento se ampliou e atingiu 88% de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados na Capital e no interior do estado.
Ao completar 15 dias, a greve tomou conta da capital e vem se alastrando pelo interior do estado com adesões de cidades importantes como Betim, Itaúna, Pará de Minas, Sete Lagoas, dentre outras, onde praticamente 100% dos bancários paralisaram suas atividades.
Nesta terça-feira, os bancários promoveram o Dia do Preto, com concentração em frente a agência Século da Caixa Econômica Federal, na rua Carijós esquina com rua Espírito Santo e às 15 horas realizaram assembleia que deliberou pela continuidade da greve.
Nesta quinta-feira, 13 de outubro, cada bancário deverá usar blusa ou camisa com as cores do seu banco para demonstrar a boa vontade dos bancários em reabrir as negociações com os bancos que fecharam o diálogo. Às 15 horas, os bancários realizam nova assembleia em frente ao Itaú, na rua Carijós esquina da rua Espírito Santo.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
O presidente do Sindicato, Cardoso, reafirma a importância de intensificar a mobilização para quebrar o silêncio dos banqueiros e forçar a abertura de negociações. “Vamos intensificar mais a nossa mobilização e fazer uma greve ainda mais forte nesta quinta-feira para pressionar a direção dos bancos públicos e privados a abrirem o diálogo e apresentarem uma proposta decente para a categoria”, ressalta.