Bancários do Piauí deflagram greve nacional por tempo indeterminado

Os bancários do Piauí deflagraram greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, dia 27. Após cinco rodadas de negociações com os representantes dos bnacos, a intransigência prevaleceu e a última proposta de reajuste apresentada pela Fenaban de 8%, também foi rejeitada pelo Comando Nacional.

Depois de realizadas as assembleias por todo o Brasil, os bancários decidiram pela greve, uma vez que a proposta foi insuficiente para o índice, bem como não trouxe nada para valorizar o piso da categoria.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Ulisses, a expectativa é de que a mobilização consiga atingir o maior número de bancários em todo o Estado. “Fizemos uma reunião e durante a greve vamos concentrar as atividades nos bancos localizados na Rua Álvaro Mendes, já que existem um maior número de unidades bancárias na capital”, explica, acrescentando que os dirigentes vão se dividir em equipes para cobrir as demais agências de Teresina.

O vice-presidente do Sindicato, João Sales, falou que todos os detalhes de organização da greve foram pensados. “Vamos contar com carros volantes informando à população nos bairros do Dirceu, Barão de Gurguéia e na cidade de Timon sobre a greve dos bancários e as nossas reivindicações”, frisa o sindicalista, mencionando ainda que foram providenciados cartazes, faixas e adesivos para todas as agências da capital e interior.

Ele disse ainda que, diariamente, a partir das 18h, os bancários voltam a se reunir na sede do Sindicato para avaliar a greve, tanto em nível nacional como local. “Assim vamos saber o percentual de adesão da categoria ao movimento grevista”, justifica Sales.

Vale ressaltar que, no Piauí, existe um total de 3.076 bancários trabalhando em 142 agências, sendo 57 na capital e 85 no interior.

Veja as principais reivindicações da categoria

– Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%);
– Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho);
– PLR: três salários mais R$ 4.500 sem desconto dos programas próprios de renda variável;
– Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos;
– Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários;
– Contratação da remuneração total dos bancários;
– Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545);
– Auxílio-educação para todos os bancários;
– Previdência complementar para todos os bancários.

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