Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Catanduva (Seeb Catanduva) percorreram as agências do Centro, dialogando com os trabalhadores e convocando-os a aderirem às mobilizações que estão por vir.
Até o momento, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) rejeitou a maioria das propostas apresentadas pelo movimento sindical, inclusive em questões fundamentais como segurança bancária, emprego, condições de trabalho e saúde do trabalhador.
No último sábado 11, os banqueiros lançaram nova carga de provocações contra os trabalhadores. Em matéria publicada pelo jornal O Globo, a Fenaban afirmou com todas as letras que considera inviável o reajuste de 11% (reposição da inflação dos últimos 12 meses mais aumento real), pedido pelo Comando Nacional dos Bancários.
O órgão ignora (ou pelo menos finge fazê-lo) o faturamento astronômico obtido pelas instituições financeiras nos últimos tempos. Só no primeiro semestre de 2010, os bancos brasileiros tiveram lucro de R$ 24,7 bilhões.
Na opinião do recém-eleito presidente do Sindicato, Amarildo Davoli, a Fenaban está empurrando a categoria para a greve. “Nossa intenção sempre foi negociar. Infelizmente, os bancos não estão dispostos ao diálogo. Até o momento, recusaram a maioria das nossas reivindicações. Sabemos que o fechamento das agências causará transtorno aos clientes e usuários. Mas se houver greve, tenham certeza de que a culpa foi dos banqueiros”, afirmou, em discurso proferido aos funcionários da antiga Nossa Caixa da rua Maranhão, hoje Banco do Brasil.
Durante a atividade, os diretores distribuíram aos clientes e funcionários panfletos explicando a atual situação das negociações. Também foram entregues fitas alusivas à Campanha e pirulitos em forma de chupeta, para ironizar a choradeira e falta de diálogo dos bancos.
Nesta quarta e quinta-feira, 15 e 16, ocorrerão em São Paulo as últimas rodadas de negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban. Caso os bancos mantenham sua postura autoritária, a categoria não terá outra alternativa senão recorrer à greve.