da France Presse, em Londres
Nenhum executivo do banco britânico Royal Bank of Scotland (RBS), que foi resgatado pelo governo, receberá bonos, anunciou nesta terça-feira o ministro das Finanças, Alistair Darling. O RBS reduzirá a concessão de bônus a um “mínimo legal”, disse.
O RBS recebeu em outubro passado do governo britânico uma injeção de 20 bilhões de libras (cerca de US$ 35 bilhões), o que faz o Estado britânico possuir agora quase 70% da instituição.
Neste mês, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, declarou que se opõe totalmente à “cultura dos bônus” nos bancos, advertindo que “não se pode recompensar o fracasso”.
“A ‘cultura dos bônus’ a curto prazo acabou”, disse Brown, em coletiva de imprensa, enquanto cresce a indignação no Reino Unidos pelos planos dos bancos nacionalizados de pagar onerosos prêmios a seus executivos.
“Não haverá recompensas para o fracasso”, afirmou o premiê britânico. “Só serão premiados os êxitos sustentáveis a longo prazo”, acrescentou.
As informações de que o Royal Bank of Scotland pretendia pagar a seu pessoal cerca de um bilhão de libras esterlinas (US$ 1,5 bilhão ou 1,1 bilhão de euros) em bônus no presente ano causou indignação no Reino Unido.