Trabalhadores rejeitaram propostas insuficientes dos bancos
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (25), na sede do Sindicato, em Porto Velho, os bancários de Rondônia, insatisfeitos com a proposta insuficiente da Fenaban apresentada no dia 19 deste mês em São Paulo, disseram “sim” para o início da greve nacional por tempo indeterminado na próxima terça-feira (30).
Os bancos, na sétima rodada de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2014, fizeram a proposta de reajuste de 7% para salários, vales e auxílios (aumento real de 0,61%) e de 7,5% para o piso (ganho real de 1,08%), índices bem abaixo dos 12,5% exigidos pela categoria.
“Assim como já aconteceu em sindicatos de outros estados, os bancários de Rondônia também não aceitaram esses índices apresentados pelos bancos e vão cruzar os braços por tempo indeterminado. Somente os cinco maiores bancos tiveram lucro líquido de mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, graças em grande parte ao empenho e à produtividade dos bancários e, portanto, os bancos podem sim atender às nossas reivindicações”, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que acrescentou ainda que neste ano nenhum dos bancos que pagam a PLR Social garantiram o futuro desse direito aos empregados.
Os dirigentes sindicais reclamam ainda que, além dos índices insuficientes, os banqueiros não querem atender as reivindicações sociais da categoria, como a preservação do emprego, fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
“É verdade que essa proposta apresenta um ganho real de 0,61%, algo inédito nos últimos 10 anos numa proposta inicial. Mas ainda assim temos que ter a consciência de que isso não passa de ‘perfumaria’ e não vamos nos contentar com isso e vamos para a luta”, disparou o diretor de Formação Sindical do SEEB-RO, Cleiton dos Santos.